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Sindifisco, 12/12/2017

Maia diz que votação da reforma Previdência fica para fevereiro

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Matéria atualizada, nesta sexta-feira (15)
 
A previsão de Rodrigo Maia é fazer a discussão da proposta no dia 5 e a votação no dia 19 de fevereiro.

O anúncio de que a votação ficaria para fevereiro já tinha sido feito nesta quarta-feira (13) pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá. A antecipação do anúncio pelo senador provocou "constrangimento", nas palavras do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), futuro ministro da Secretaria de Governo, pasta responsável pela articulação política. Horas depois da fala de Jucá, o Palácio do Planalto e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegaram a contestar a informação.

"Eu falei aqui há alguns dias: quando marcarmos uma data, teremos os votos. Nós teremos os 308 votos. A base não tem os votos hoje. O que precisamos daqui até fevereiro é trabalhar os votos", afirmou o presidente da Câmara.

Por se tratar de uma proposta de emenda constitucional (PEC), a reforma da Previdência necessita para ser aprovada dos votos favoráveis de três quintos dos 513 deputados (308) em dois turnos de votação.

Segundo Maia, no dia 19 de fevereiro, o governo já terá conseguido ultrapassar o mínimo de votos necessários. "Eu tenho convicção de que, quando essa votação começar, no dia 19, nós teremos 320, 330 votos", declarou.
Para o presidente da Câmara, “a questão de votar, neste momento já não é mais uma questão se é melhor votar antes ou depois da eleição. O importante é que esse tema está inviabilizando o Brasil".

Ele afirmou que as novas regras para a aposentadoria a serem votadas são as que constam da nova versão do relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA), que já é conhecida, mas será lida oficialmente nesta quinta no plenário da Câmara. “99% do que, certamente, vai ser aprovado está no texto que será apresentado hoje pelo deputado Arthur Maia”, disse Rodrigo Maia.
Adilson Araújo, presidente da CTB, central que está mobilizada em todo o País com atos de protesto contra a reforma previdenciária, avaliou a notícia como uma vitória parcial, que demonstrou o resultado da unidade, resistência e luta da classe trabalhadora.
"A CTB seguirá mobilizada e firme na luta, nas ruas e no Congresso Nacional. 2018 já sinaliza os desafios que teremos e nós estaremos vigilantes, não só em defesa dos direitos da classe trabalhadora, mas na luta pela elevação de um projeto de Brasil que tenha por centro a geração de emprego, com valorização do trabalho e distribuição de renda", pontuou o presidente.
 
De Brasília, Ruth de Souza - Portal CTB (com Agências)