Os estandartes e a presença volumosa de auditores e auditoras de tributos contribuíram com o brilho da manifestação unificada dos servidores públicos de Sergipe, realizada no Palácio de Despachos, no Dia Nacional de Greve e Protestos (19).
Depois de marcar presença nas manifestações no Centro de Aracaju, contra a votação da PEC da reforma da Previdência, o Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco) mais uma vez se destaca nos protestos em defesa de reposição salarial, frente à inflação, e contra o fim do atraso e parcelamento de salários.
O Palácio foi tomando por servidores de várias categorias, que além de cruzarem os braços demostraram resistência à política de arrocho do governo estadual. Além dos auditores e auditoras fiscais, estavam no protesto as categorias da Polícia Civil, Sintrase, Emdagro, Sindsemp,nutricionistas, psicólogos, auxiliares de enfermagem, assistentes sociais e professores. A manifestação contou com a solidariedade de parlamentares sergipanos: Ana Lúcia, João Daniel e Iran Barbosa.
Não paga porque não quer
Nos protestos do dia 19, mais uma vez, a tese do Sindifisco com a relação à política salarial do governo estadual ecoou e foi amplamente repetida por várias outras lideranças. O presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza mantém a posição: “Estamos há cinco anos sem reposição salarial. Enquanto isso, o governo estadual vem arrecadando mensalmente, em média, R$ 650 milhões de reais. Já a folha de pagamento de servidores é totalizada em torno de R$ 300 milhões, ou seja, representa a metade do que a administração arrecada no mês. Então, o governo estadual não paga em dia porque não tem responsabilidade com o pagamento dos servidores estaduais. Não paga porque não quer”, reafirmou Pedroza.
Resistência
“O movimento unificado dos servidores foi retomado com força neste semestre. Estamos determinados. Vamos manter a mobilização até conquistarmos nossas reivindicações. ”, afirma o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza.
Na capital sergipana, no turno da manhã do Dia “D”, os protestos dos sindicatos e centrais (CUT, CTB, UGT e Nova Central) começaram cedo da manhã. Depois da manifestação em frente ao INSS, na Avenida Ivo do Prado, os sindicalistas e ativistas sociais passaram pelos calçadões e encerraram os atos no portão do Ministério do Trabalho/SE, localizada na Rua Itabaiana.
Por Déa Jacobina. Ascom Sindifisco
