Servidores pedem abertura das negociações, como gratificações
Por Eliene Andrade
Paralisados, os auditores fiscais realizaram hoje mais um ato em frente ao Palácio dos Despachos. Os servidores da Secretaria da Fazenda pedem abertura das negociações, para discutir o reajuste salarial e condições de trabalho. No próximo dia 25 de junho, haverá mais uma assembléia com indicativo de greve por tempo indeterminado. Já no dia 20 de junho, quinta-feira, os auditores farão outro ato no CEAC Aracaju.
Os cerca 600 servidores ativos reivindicam a incorporação da gratificação de produtividade, a lei Orgânica da Administração e reposição salarial. O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais de Sergipe (Sindifisco), Abílio Castanheira, voltou a ressaltar que as reivindicações é um direito do servidor e garantiu que a greve será deflagrada no próximo dia 25 deste mês.
“Hoje nós estamos com três indicações, uma delas é que a gente luta para incorporar um a gratificação de produtividade ao nosso vencimento básico. Temos também a lei orgânica da administração tributária e por último, o direito constitucional do servidor público, que é o direito a reposição salarial”, disse.
Sem avanços
Segundo Abílio, já houve uma reunião entre a categoria com representantes do governo, mas as negociações não avançaram. “Nós já protocolamos um pedido de audiência com o governador em exercício, Jackson Barreto, mas na conversa que tivemos com Oliveira Junior, não houve avanços. Hoje estamos aqui mobilizados e 100% dos servidores estão parados exceto aqueles que exercem cargos de confiança”, diz.
Sefaz
Em nota, a Secretaria da Fazenda informou que o secretário em exercício, Oliveira Júnior, recebeu o Sindifisco para discutir a demanda. "A reunião foi conduzida de forma transparente no tocante ao entendimento da situação legal vivida pelo Estado diante da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e enxerga as entidades representativas dos servidores como parte integrante da interlocução com o Governo.
“O Governo não vai se furtar de receber os servidores e dialogar para avançar nos encaminhamentos demandados pelos sindicatos. Mas há de se ter a compreensão do momento para não agravar a situação”, disse o secretário.
No caso específico das demandas do Sindifisco, o secretário interino se colocou aberto para receber sugestões que auxiliem no avanço das discussões e ponderou sobre a necessidade de observância às questões legais. “Recebi os representantes do Sindifisco e externei a disposição do Governo em dialogar. Especificamente sobre a Loat e as incorporações solicitadas, expliquei que a partir do limite prudencial da LRF essa propositura, em uma avaliação preliminar, se contradiz com as determinações da LRF para a situação de infrigência do limite prudencia e pedi que o sindicato não adote as paralisações do serviço como estratégia reivindicatória, porque isso piora a situação reduzindo receita”, explicou. (Sic)
Fonte: Infonet