Hoje pela manhã, dia 15, o protesto unificado do Movimento Intersindical de Sergipe na porta do Palácio dos Despachos marcou o primeiro dia de paralisação dos serviços públicos estaduais. Radialistas, repórteres de TVs e de jornais impressos estiveram presentes e repercutiram os protestos.
Amanhã, dia 16, no segundo dia da paralisação, o Fisco fará o protesto específico no CEAC da Secretaria da Fazenda (Sefaz), localizado em frente à Ceasa. Os delegados, policiais civis e agentes penitenciários farão protestos em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Já os profissionais da saúde (médicos, enfermeiros e técnicos) farão o ato em frente ao Hospital de Urgência (HUSE). As outras categorias estarão em repartições públicas acompanhando a paralisação.
“Foi um ato expressivo. Estamos determinados a continuar unidos e ampliar as nossas forças, atraindo outras categorias do serviço público estadual. Vamos permanecer mobilizados até a vitória. Se for preciso, não descartaremos indicativo de greve geral em Sergipe”, afirma o presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco), Paulo Pedroza.
Comprometimento do Fisco
Os auditores e auditoras de tributos foram os primeiros a chegarem ao ato. A diretoria do Sindicato levou um grande cofre cênico, cortado por dois machados e cheios de cédulas e moedas (confeccionadas). O cofre chamou à atenção.
“Produzimos um símbolo da sangria do erário público: de um lado mostramos que o governo perdeu mais de R$ 1 bilhão de reais com concessão de benefícios fiscais e do outro, gastou mais de R$300 milhões de reais com pagamentos supérfluos: cargos comissionados e gratificações”, denunciou Paulo Pedroza.
Reivindicações unificadas
Para além das demandas específicas de cada um dos sindicatos envolvidos, o Movimento Intersindical briga por três reivindicações: aplicação dos direitos e vantagens salariais previstas nos recentes Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCVs) dos servidores; subsídios e reposição salarial.
Os sindicatos questionam a metodologia utilizada pelo governo na realização de cálculos que apontam o índice de comprometimento da folha de pessoal com relação à Receita Corrente Líquida. “Os números apresentados pela Sefaz são manipulados quando apontam que Sergipe está no limite prudencial. O governo tem condições de atender as demandas dos servidores do executivo estadual. Não faz porque essa não é a prioridade desta administração, lamentavelmente.”, desafia Paulo Pedroza.
Novas adesões
Hoje, mais uma central sindical aderiu o Movimento Intersindical, a Conlutas. Agora ao todo são duas centrais (CTB/SE e Conlutas) e 13 sindicatos (Sindifisco; Sintasa; Sindipen; Sindconam; Sinpol; Sintrase; Seese; Sinpsi; Sindimed-SE; Adepol; STERTs; SENGE/SE e o Sinter/SE).
Por Déa Jacobina Ascom Sindifisco