Em processo de mobilização, os representantes do Movimento dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual deliberaram novas ações unificadas, como o indicativo de paralisação de advertência para o dia 2 de setembro. A paralisação deverá ser aprovada em assembleias das 22 categorias que compõem o movimento. A concentração da paralisação será às 8h, em frente ao Palácio de Despacho, na capital sergipana. A reunião dos sindicatos foi coordenada pelas centrais CTB-SE e CUT-SE e aconteceu nesta terça-feira (18), na sede do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco).
“O ato do dia 2 vai demostrar mais uma vez de que não aceitamos as justificativas do governo de que por conta da crise econômica, a administração não tenha condições de atender as justas reivindicações das categorias e implemente uma situação insuportável de arrocho salarial. O discurso da crise é chantagem política, para deixar de conceder um direito constitucional: reajuste inflacionário e garantia de pagamento dos salários dos servidores públicos. E esse sentimento de repúdio toma corpo entre os servidores. O estado precisa fazer diferente. Apresentar com maior transparência as informações financeiras e encontrar formas concretas de atender as demandas unificadas”, defende o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza.
“O movimento unificado dos sindicatos está fortalecido. Os servidores não aceitam nem engolem mais o discurso falacioso de falta de dinheiro. No jogo do governo, Jackson só falta dinheiro para valorizar os servidores, mas não falta para o pagamento dos bondosos salários dos cargos comissionados”, afirma o presidente da CUT-SE, Roberto Silva.
Pauta unificada De acordo com o vice-presidente da CTB-SE, Waldir Rodrigues, os protestos darão continuidade à luta em defesa da pauta unificada, em negociação com o governo estadual. “Essa pauta abrange cinco itens gerais: cumprimento dos acordos dos Planos de Cargos e Salários (PCCVs) e subsídios; reposição inflacionária, piso dos professores; transparência nas contas públicas e contra o parcelamento dos salários dos servidores”, enumera Rodrigues.
Os sindicatos também estão cobrando do governo estadual respostas às perguntas encaminhadas pelo movimento sobre finanças públicas e data para a realização da reunião do Grupo de Trabalho. As respostas ao questionário e formação do Grupo de Trabalho sobre finanças públicas foram acordados na retomada da mesa de negociações dirigida pelo vice-governador Belivaldo Chagas.
“Estamos esperando com muita expectativa as respostas do governo, o prazo acordado se esgotou nessa segunda-feira (17). Juntos governo e sindicatos podem encontrar novas formas e alternativas de cálculos das finanças que possibilitem o governo atender as demandas dos servidores”, afirma o presidente do Sintrase, Diego Araújo.
Manifestações nacionais
Os sindicatos também estarão sugerindo às categorias dos serviços públicos a participação em dois atos de repercussão nacional. No dia 20, é dia de manifestações em defesa da democracia, da Petrobras e contra medidas de ajuste fiscal e em defesa dos direitos dos trabalhadores. Em Aracaju, o ato será realizado na Praça General Valadão. E no dia 7 de setembro, os sindicatos farão nova manifestação para divulgar a pauta unificada dos servidores públicos estaduais.
Categorias Movimento dos Trabalhadores do Serviço Público foi ampliado para 24 entidades. Participam do movimento as centrais sindicais CTB-SE e CUT-SE e os sindicatos: Sindifisco, Sintasa, Sindipen, Sindconam, Sinpol, Sintrase, Seese, Sinpsi, Sindimed, Adepol, STERTs, Senge, Sinter/SE, Sindijor, Sindijus, Sintese, Sindetran, Sindasse, Sindisan, Sinditic, Sindinutrise e Sintradispense.
Por Déa Jacobina - Sindifisco