Ao todos, sete unidades localizadas no interior estão fechadas (Foto: Ascom/Sindifisco) |
A partir deste sábado, 07, todos os postos fiscais estão fechados no interior do estado, por causa da greve dos auditores fiscais, que começa hoje. Com a suspensão dos serviços, veículos de carga não serão inspecionados nos postos de fiscalização. Ao todo, sete postos fazem as fiscalizações nas divisas do estado. As unidades estão localizadas nos municípios de Cristinápolis, onde há dois postos, nas divisas de Propriá, Canindé de São Francisco (Povoado de Curituba), Simão Dias, Tobias Barreto e na linha verde em Indiaroba, divisa com a Bahia.
Segundo informações do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco), Paulo Pedroza, em média três mil notas fiscais são emitidas por dia para caminhões que entram no estado. O volume de notas para veículos que saem de Sergipe é ainda maior. “O estado recebe mais mercadorias do que importa, então o volume de entrada é grande”, diz Pedroza.
O sindicalista não soube precisar o tamanho do prejuízo diário que a falta de fiscalização irá causar nos cofres públicos. “A gente sabe que isso pode causar muita repercussão, por que vai haver prejuízos. Mas vale salientar que a greve foi o nosso último recurso”, salienta.
Mesmo com a emissão de notas fiscais eletrônicas, que garante a arrecadação no futuro, Paulo Pedroza explica que o recurso eletrônico por si só não é o suficiente para garantir a arrecadação. “As notas emitidas precisam também de avaliação, para saber se a notas estão mesmo regulares, se estão nas condições exigidas. Se a empresa estiver irregular, o fiscal emite a nota na hora, portanto a presença do auditor é indispensável. A nota eletrônica facilita o trabalho do auditor, mas por si só não cumpre as exigências”, explica.
Ações
Na próxima segunda-feira, 09, os auditores farão visitas nas unidades de Aracaju, para avaliar o movimento grevista.
Greve
Os auditores fiscais, além de deflagrarem greve por tempo indeterminado, realizaram na última sexta-feira, 07, a entrega de todos os cargos de chefia. “Essa entrega de cargos é preocupante para o Governo, pois os auditores que têm cargos de chefia deixaram seus postos e deixa a secretaria sem comando. Agora é esperar que o Governo se manifeste o quanto antes, pois o nosso interesse não causar prejuízos”, garante Pedroza.
A categoria é contra o parcelamento salarial e reivindicam o acordo com a gestão estadual relativo ao novo plano de carreira, além da recomposição salarial perante as perdas inflacionárias.
Sefaz
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Por Eliene Andrade