Mobilização pelo Plano de Carreira continua até que o governo apresente proposta concreta

Hoje, dia 30, na virada do ano, os auditores e auditoras de tributos decidem em assembleia geral manter o estado de mobilização em defesa do Plano de Carreira do Fisco. Também ficou deliberada a manutenção da entrega de cargos de chefia na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), oficializada no dia seis de novembro, um dia antes da greve de 39 dias na Sefaz.

A assembleia foi convocada para avaliar o resultado da reunião da diretoria do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco) com o secretário Jefferson Passos, realizada, ontem, dia 29.

“A categoria entendeu como sem cabimento a solicitação de prazo de mais 30 dias para o governo apresentar uma alternativa às reivindicações do Fisco. Principalmente porque, os assuntos que o secretário admitiu apresentar propostas não terão impacto financeiro imediato nos gastos de pessoal do Estado e foram apresentadas ao governo há bastante tempo”, afirma o diretor sindical Abílio Castanheira.

 “A fala do secretário estava incutida de ameaças subliminares relativas a retaliações. Se aceitarmos suspender a nossa mobilização sem proposta concreta é retornarmos de cabeça baixa”, afirma Castanheira.

O presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza, destacou que com a decisão da assembleia, a categoria demostrou mais uma vez a unidade na defesa na luta por direitos. “Como o governo não deixou claro o que pretende, vamos manter a nossa mobilização firme”,

Postos fiscais

Quanto ao fechamento surpresa dos cinco postos fiscais, de divisa com os estados da Bahia e Sergipe, a partir de segunda-feira, dia 4, o Sindifisco fará manifestações na porta da Sefaz. O sindicato vai cobrar as portarias de lotação dos 70 auditores que tiveram seus locais de trabalho fechados. Os postos foram desativados no último dia 28.

Durante as intervenções, vários auditores afirmaram que o governo não apresentou proposta, admitia apenas a possibilidade de alterar algumas atribuições da carreira do Fisco bem como movimentação na carreira, sem contundo determinar como esses mecanismos seriam feitos.

Por Déa Jacobina Ascom Sindifisco