Desde que foi nomeado, Toninho Costa teria recebido pedidos de André Moura para colocar 25 aliados políticos em cargos na fundação
Oito ministros do governo Michel Temer são investigados por caixa 2 ou corrupção por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas nenhum deles têm mais chances de sair do cargo do que o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antonio Fernandes Toninho Costa. A reportagem de CartaCapital apurou que Costa está esperando, há alguns dias, ser demitido pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR).
O motivo da saída de Toninho Costa é a pressão que ele tem recebido para nomear apadrinhados políticos do PSC, partido que o indicou ao cargo. O principal responsável seria o deputado André Moura (PSC-SE), atual líder do governo no Congresso. Desde que foi nomeado, em janeiro deste ano, Costa teria recebido pedidos de Moura para que colocasse 25 aliados políticos em cargos estratégicos e de gestão na Funai.
Mas foi somente na última semana que o clima se tornou insustentável. Como as nomeações não foram feitas, Moura teria ameaçado retirar Toninho Costa do cargo e afirmado ainda que o cargo é dele. Na última quarta-feira 19, a Funai recebeu um indicativo de que postos devem ser preenchidos independentemente da vontade de seu presidente.
Fonte: Carta Capital