um novo pronunciamento neste sábado (20), o presidente Michel Temer afirmou que encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de anulação do inquérito aberto para investigá-lo por suspeita de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.
Ele afirmou que as gravações foram adulteradas, chamou o delator Joesley Batista de "um conhecido falastrão, exagerado" e repetiu que não tem nenhuma intenção de renunciar ao governo,
#OcupeBrasília
Enquanto isso, em diversas capitais do país, milhares de pessoas pedem a saída de Temer e a convocação de eleições diretas para presidente. O PSB, em reunião de sua executiva nacional em Brasília, decidiu apoiar a saída do presidente por entender que ele não tem mais condições de governar o país.
Neste domingo (21), centrais sindicais e movimentos sociais convocaram um grande ato em São Paulo, na avenida Paulista, exigindo a saída de Michel Temer e novas eleições presidenciais. A Frente Brasil Popular divulgou uma agenda de protestos neste domingo em dezenas de cidades dentro e fora do país.
Na próxima quarta-feira (24), acontece a Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, parte do movimento #OcupeBrasília que irá mobilizar centenas de ônibus em todo o país rumo a Brasília para protestar contra as reformas e exigir a saída de Temer.
Leia abaixo alguns trechos do pronunciamento:
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Voltou a chamar a gravação de clandestina: "Essa gravação, clandestina, é o que se diz, foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos, incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil."
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Criticou Joesley Batista: "O autor do grampo está livre e solto, passeando pelas ruas de Nova York. O Brasil, que já tinha saído da mais grave crise econômica de sua história, vive agora, sou obrigado a reconhecer, dias de incerteza. Ele não passou nenhum dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado, não foi punido e, pelo jeito, nao será."
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Negou ter agido para beneficiar a JBS: "O autor do grampo relata dificuldades e eu simplesmente as ouvi. Nada fiz para que ele obtivesse benesses do governo. Não há crime em ouvir reclamações e me livrar do interlocutor indicando outra pessoa ouvir suas lamúrias. E confesso que o ouvi como ouço empresários, políticos, trabalhadores, intelectuais e pessoas de diversos setores da sociedade no Palácio do Planalto, no Palácio do Jaburu, no Palácio da Alvorada e em São Paulo."
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Disse que não comprou o silêncio de ninguém: "Quero lembrar da acusação de que eu dei aval para a compra de um deputado. Não existe isso na gravação, mesmo tendo sido adulterada. E não existe porque eu não comprei o silêncio de ninguém."
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Disse que Joesley é um "falastrão": "Ele [Joesley] é um conhecido falastrão, exagerado. Depois, em depoimento, podem conferir, disse que havia inventado essa história, que não era verdadeira. Era fanfarronice que ele utilizava naquele momento."
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Concluiu dizendo que continua no cargo: "Digo com toda segurança: o Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à frente do governo".
Portal CTB com G1