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Sindifisco, 06/09/2017

Grito dos Excluídos mobiliza país nesta quinta em defesa dos direitos

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No Dia 07 de setembro, acontece por todo o Brasil a 23ª edição do Grito dos Excluídos. O Grito deste ano traz como lema “Por Direitos e Democracia a luta é todo dia”e contesta o atual cenário de retirada de direitos e ameaça à soberania nacional. Estão confirmadas atividades em 24 estados (capitais e diversas cidades) e no Distrito Federal.

 

 

 

 

O processo de construção das atividades dura o ano inteiro e culmina na semana da Pátria. “É um processo coletivo muito rico que quer deixar alguma semente naquela comunidade que realizou”, explicou Ari Alberti, da coordenação nacional do Grito.

 

 

Com o lema “Por direitos e democracia, a luta é todo dia!” e tema “Vida em primeiro lugar”, acontece o 23º Grito dos Excluídos, nesta quinta-feira (07 de setembro), 2017, em todo Brasil. A Contag abraça essa importante ação popular com várias pessoas, grupos, entidades, igrejas, organizações sindicais e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.

 

 

“Convidamos todas as nossas Federações, Sindicatos, trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, para participarem do processo de construção dos Atos que acontecerão nessa quinta-feira (07), em todo o Brasil. O Grito dos excluídos já virou uma marca de combate à desigualdade social e em defesa de políticas inclusivas”, reflete o presidente da Contag, Aristides Santos.

 

 

Uma exclusão social que nos últimos dois anos tem tomado uma proporção desumana no Brasil, que se evidencia e se materializa na retirada de direitos da sociedade nas últimas propostas do governo Temer, com a aprovação da PEC 55-PEC da maldade, a “reforma” trabalhista, e a “reforma” previdenciária, ainda em tramitação no Congresso Nacional, entre outras ações que fragilizam a nação brasileira em detrimento dos interesses do capital internacional. “Precisamos nos mobilizar para reverter a já aprovada “reforma” trabalhista e a PEC 55- PEC que congela os investimentos públicos por 20 anos, e ao mesmo tempo realizar ações de pressão para barrar a proposta da ‘reforma’ da Previdência, pois se for efetivada, será impossível a aposentadoria dos agricultores e agricultoras familiares. A “reforma” também impactará na economia das pequenas cidades, pois mais de 70% delas dependem do recurso da Previdência Social, que é maior até do que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Assim, será impossível para os municípios mais pobres e com mais dificuldade, implementar políticas públicas”, denuncia Aristides.

 

 

Para a Contag, o 23º Grito dos Excluídos também será uma ação de denúncia contra os cortes de benefícios do programa Bolsa Família. “O corte do Bolsa Família nos mostra um governo que está compromissado com os ricos e não com os pobres. Tirar o Bolsa Família é devolver para extrema pobreza milhões de pessoas. Dados do Banco Mundial apontam que a previsão até o final do ano é que 2 milhões de pessoas voltem para extrema pobreza, ou seja, o Brasil retornará  para o mapa da fome, sendo a maioria famílias da áreas rurais”, ressaltou Aristides.

 

 

Dentro das propostas truculentas de Temer ainda está a redução de R$ 10 no salário mínimo projetado para 2018. “Isso deve ter um impacto na população em geral. Já estão falando em termos dois salários mínimos. O da previdência e outro para o piso nacional que servirá para toda economia. Isso interferirá na qualidade de vida das pessoas. O governo não vai considerar nem mesmo a inflação”, denunciou Aristides.

 

 

Outra preocupação da Contag é o aumento assustador da violência no campo, onde só no primeiro semestre de 2017 foram registrados vários massacres em todo o território nacional, a exemplo assassinato de 6 trabalhadores rurais da comunidade quilombola Luna, em Lençóis, na região da Chapada Diamantina, na Bahia; de 9 trabalhadores e uma trabalhadora, em Pau D’Arco, Pará; de 9 trabalhadores rurais, em Colniza, Mato Grosso; o ataque aos índios Gamelas, em Viana, Maranhão; entre outros casos que são resultados da omissão do atual governo.

 

 

Para a Contag é lamentável que o governo Temer, ao invés de facilitar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no que se refere o acesso à terra, sancione justamente a Lei 13.465/2017. Uma Lei que é um retrocesso para as políticas de reforma agrária e uma barreira para a democratização da terra no país.

 

 

 

 

 

Daí a importância do Grito dos Excluídos: Só com grandes manifestações unificadas em cada capital, cada cidade e em cada comunidade, será possível preservar a soberania do Brasil e retomar o crescimento social e econômico do País.  “Por direitos e democracia, a luta é todo dia!”.