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Sindifisco, 09/01/2019

Livros de posses presidenciais são preservados

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Desde 26 de fevereiro de 1891, quando o marechal Deodoro da Fonseca foi empossado presidente do país, o livro de Posses Presidenciais vem sendo preservado pelo Senado.  Deodoro foi o primeiro presidente do Brasil a deixar sua rubrica no livro.  Os documentos (Termo de Posse) ficam guardados no arquivo, em uma sala com temperatura, umidade e luminosidade submetidas a parâmetros rigorosos. Organizados em dois volumes pela coordenação de Arquivo do Senado, esses documentos testemunham a evolução histórica da língua portuguesa, a partir de elementos como a perda sucessiva de arcaísmos. No dia 1º de janeiro, o livro recebeu uma nova assinatura, do atual presidente da república, Jair Bolsonaro.

O vai e vem no estilo da caligrafia alternou formatos de letra cursiva, mais simples no caso do termo assinado por Campos Salles, em 1898; mais artística quando Getúlio Vargas assinou o seu em 1934. Algo aproximado do gótico foi aplicado aos termos de Juscelino Kubitscheck (1955) e Tancredo Neves, que atuou por breve período como primeiro-ministro de 1961 a 1962. A letra de imprensa dominou a metade final da ditadura militar e o início da Nova República, sendo levemente estilizada no termo assinado por Ernesto Geisel (1974) e totalmente despojada na vez de José Sarney (1985). Daí em diante, seguiu-se outra miscelânea cursiva.

O verde que colore a capa de veludo do primeiro volume é mais claro que o da bandeira nacional e contrasta com o brasão da República e as letras douradas. Por dentro, o amarelado das folhas revela a antiguidade do primeiro livro, motivo pelo qual o presidente Café Filho estreia um novo tomo em 1954, agora mais formal. As páginas ganham pautas e são envoltas por capa dura, de verde mais escuro e alheia à pompa do século 19.
 
Fonte: Alese com informações da Agência Senado