Em Aracaju, no dia “D” dos protestos unificados contra a Reforma da Previdência, os auditores fiscais estavam ao lado dos(as) trabalhadores (as), ativistas e dirigentes sindicais. Convocados como Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, os protestos foram realizados na tarde dessa quarta-feira (20), na Praça General Valadão. A mobilização em defesa da Previdência Pública e contra o fim da aposentadoria aconteceu em todas capitais brasileiras.
No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro apresentou a perversa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência ao Congresso Nacional, em Brasília. As centrais vêm denunciando que essa PEC prejudica frontalmente o conjunto da classe dos trabalhadores e em especial ao menos favorecidos economicamente. Impede que a grande maioria da população tenha uma vida digna.
As assembleias realizadas no dia 20 reforçaram para a necessidade dos(as) trabalhadores(as) manter e ampliar a resistência para impedir a aprovação do projeto governamental para a Previdência que inviabiliza as aposentadorias, privatiza a Seguridade e promove exclusão social.
Com a chegada da PEC da Previdência ao Congresso começaram disputas com direitos a acordos dos mais sórdidos e concessões entre o Planalto e o parlamento nacional. Uma disputa insana para conquista dos votos necessários para aprovar a PEC. Ao todos são 308 deputados(as).
A previdência Social está em jogo porque representa o maior programa de distribuição de renda do Brasil, mundialmente reconhecido.
Privatização do sistema
A proposta de reforma da Previdência contempla a fixação de uma idade mínima, de forma que nenhum trabalhador poderá se aposentar antes de completar 65 anos ou 62 anos, no caso das mulheres. O tempo de contribuição mínima para que o trabalhador, independente da idade, tenha acesso ao direito será elevado para 20 anos. A proposta da dupla Guedes-Bolsonaro não difere muito e chega a ser pior da apresentada pelo ex-presidente Michel Temer, porque avança na direção da privatização.
Serão introduzidas novas restrições e dificuldades que tendem a inviabilizar o acesso à aposentadoria para a maioria da classe trabalhadora, tendo em conta a alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro. Ao longo do tempo, com a imposição concomitante do modelo de capitalização e da carteira de trabalho verde e amarelo, a aposentadoria pública, tal qual existe hoje, será extinta e todo o sistema previdenciário estará privatizado.
Vale recordar que a proposta de Temer foi rejeitada por mais de 80% da população brasileira e não chegou a ser votada no Congresso Nacional.
A luta só recomeçou! As centrais sindicais encerraram o ato do dia 20 reforçando para a nescessidade da resistência!