Manifestação aconteceu em frente à TV Sergipe
Categorias tiveram apoio de vários sindicatos; ato foi em protesto pelo não avanço nas negociações salariais com o patronato e por política de demissões de trabalhadores nas emissoras da família Franco.
Nem bem tinha começado o dia e, à porta das emissoras TV e FM Sergipe, a rotina foi modificada com a presença de representantes dos sindicatos dos Radialistas, dos Jornalistas e também de outros sindicatos, que, com carro de som a todo volume, realizaram ato de protesto contra a falta de avanço nas negociações para o Convenção Coletiva 2010/2011 e também contra a política de terror que vem sendo implantada nas emissoras da família Franco, com demissões sem justa causa, ameaça de novas demissões e retirada de direitos dos trabalhadores.
Apoiaram o ato dos jornalistas e radialistas os presidentes do Sindicato dos Bancários, José Sousa; do Sindifisco, Alberto Garcez; do Sintrase,Waldir Rodrigues; diretores do Sindicato dos Gráficos; e o presidente da CTB/Sergipe, Edival Góes.
Os sindicalistas bateram forte na gestão implementada nas emissoras de TV e rádio dos Franco, que apostaram na política de enxugamento dos seus quadros para aumentar os já vultosos lucros da empresa de comunicação que mais arrecada no Estado. Para isso, trouxeram um administrador de fora, o senhor Paulo Siqueira, famoso por aplicar gestão de choque em empresas de comunicação tendo como alvo principal o aumento da exploração dos trabalhadores e a política de demissões.
"Além de emperrar ainda mais as negociações salariais deste ano, a TV Sergipe tem aplicado a política do senhor Paulo Siqueira de levar terror aos trabalhadores para extrair dele mais dependência e mais trabalho a menos custo, pois a política é de rebaixamento de salários. Além disso, já demitiram muitos na empresa, inclusive companheiros do sindicato. Não vamos tolerar isso e vamos até as últimas conseqüências para denunciar essas arbitrariedades", afirma Antônio Cabral, presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe.
Para o presidente do Sindijor, George Washington Silva, trata-se de uma política mesquinha, que não ajuda em nada na melhoria das condições de trabalho na empresa dos Franco e na qualidade do que está sendo produzido.
"Para trabalhar com mais eficiência, o trabalhador precisa de valorização e tranqüilidade, não dessa política de terror a que estão sendo submetidos os jornalistas e radialistas. É uma política burra, que só prejudica o padrão de qualidade que tanto a emissora global presa. Vamos estar denunciando isso até que cessem as perseguições", ressalta Washington.
Ele lembra, ainda, que é o advogado da TV Sergipe quem mais tem emperrado as negociações salariais deste ano, jogando para baixo a pauta dos trabalhadores e impondo apenas o que interessa ao seu patrão. Fala até mais alto que o presidente do sindicato patronal, Messias Carvalho. Por isso do ato de protesto ser em frente à emissora.
"Se depender desse sujeito, o senhor Roosevelt, outros atos como este irão acontecer. Se ele não quer sinalizar com avanço de pelo menos 7% de reajuste, vamos continuar nas ruas, protestando e mostrando à sociedade as dificuldades que os trabalhadores da comunicação vêm enfrentando", avisa o sindicalista.