O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais de Sergipe afirmou na manhã desta terça-feira, 25, que o governo estadual promove um arrocho salarial para pagar os juros e a amortização da dívida do Estado, num total de R$ 431 milhões. Para Paulo Pedroza, esse valor é impagável e serve apenas para precarizar o serviço público.
Pedroza deu entrevista no Jornal da Fan desta terça-feira, 25, e falou que vem tentando uma audiência com o governador Belivaldo Chagas há 40 dias para buscar um consenso no pedido de reajuste e reposição das perdas salariais, mas diante da falta de uma resposta, a categoria decidiu por unanimidade em assembleia-geral na semana passada parar por cinco dias a partir do dia 1º de julho. Amanhã, 26, e depois, tem ato com café da manhã e assembleias em frente à sede da Sefaz.
Segundo Pedroza, o governo faz um discurso falacioso ao dizer que não pode conceder reajuste ao servidor público, e repassar as perdas constitucionais, porque não tem dinheiro em caixa. “A reposição salarial é um direito constitucional! O Sindifisco fez um estudo entre os anos de 2014 a 2018 entre os ativos e inativos, englobando concursos, tudo, e apurou que a folha cresceu 18%; já a Receita corrente líquida, 23%. Então não tem porquê”, exclamou.
Segundo Pedroza, o governo apresenta relatórios distorcidos e não apresenta os dados reais, quando o Sindifisco ou a sociedade solicita. Na entrevista hoje de manhã com Narcizo Machado, Pedroza citou alguns exemplos de como e onde o governo distorce os dados para ‘camuflar’ a receita do Estado.
ÁUDIOS: