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Sindifisco, 04/02/2020

Centrais ocupam frente da Fiesp em defesa do emprego e dos direitos

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 Centenas de trabalhadores foram até a frente da Fiesp (Federação das Industrias do Estado de São Paulo), na manhã desta segunda-feira (3), para defender o emprego, os direitos e a reindustrialização do Brasil. Essa foi a primeira de muitas mobilizações que serão convocadas pelas Centrais no primeiro semestre deste ano.

 

A forte chuva não desanimou os trabalhadores que, com palavras de ordem, chamaram atenção dos paulistanos contra a política de Bolsonaro de destruição dos direitos trabalhistas e previdenciários.

 

Por volta de mil manifestantes ocuparam o vão Livre do Masp, na Av. Paulista, no ato convocado pelas Centrais Sindicais. O esquenta da mobilização antecedeu uma caminhada até a Fiesp, local de encerramento da manifestação.

“O ato que estamos fazendo aqui é simbólico porque estamos queremos mostrar que o Bolsonaro não é bem-vindo da cidade de São Paulo, porque esse presidente vem impondo uma política de arrocho do salário, de destruição dos serviços públicos, de acabar com a cultura, educação”, salientou o representante da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.

 

Sobre a política de desindustrialização do governo, Mancha foi categórico em apontar o caminho. “O país está se desindustrializando porque os próprios empresários não tem coragem de enfrentar o governo, só os trabalhadores são capazes de afirmar uma alternativa diferente. Por isso, é preciso uma grande unidade de ação, para derrotar o governo Bolsonaro”, avaliou.

 

O dirigente da Central repudiou a MP 905, que não gera emprego, ao contrário, contribuiu com a precarização do trabalho. “O presidente está criando a escravidão moderna. Nós precisamos dizer que o povo quer emprego e, para isso, é preciso reduzir a jornada de trabalho, sem redução de salário. Para ter emprego é necessário um plano de obras públicas para enfrentar as enchentes, para melhorar os hospitais, para ter saúde e educação, mas não fazem nada disso para pagar pontualmente a dívida pública, por isso, é necessário afirmar que é preciso romper com o imperialismo”, frisou.

 

Greve Geral

A necessidade da Greve Geral no país também foi defendida pela CSP-Conlutas e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos como fundamental para derrotar a política de retirada de direitos de Bolsonaro.

 

“Esse ato é em defesa dos empregos e em defesa dos direitos, porque o governo Bolsonaro, dando sequencia na política de governos anteriores de retirada de direitos, aprovou, no ano passado, apesar de muita luta, a Reforma da Previdência entre outros ataques (…). Nós achamos que o movimento sindical tem que fazer a convocatória para uma greve geral no país que é a única forma de a gente derrotar Bolsonaro”, defendeu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Weller Gonlçalves.

 

Solidariedade à greve dos petroleiros

Mancha fez uma fala parabenizando a greve dos petroleiros, iniciada no sábado (1) contra o desmonte da empresa. “Essa greve representa todas as lutas contra as privatizações seja dos Correios, seja dos bancos, seja das diversas empresas, por isso, todo apoio aos petroleiros”, defendeu.

 

Calendário de lutas

As Centrais estão com uma agenda de luta do 1º semestre – tendo como uma das principais atividades o Dia Nacional de Lutas, com paralisações, manifestações, protestos e greves em 18 de março. Este dia está no marco da defesa dos serviços públicos contra a reforma administrativa. As ações inserem também os eixos contra a reforma sindical, a carteira verde e amarela e a MP-905.

 

Também estão previstas ações que podem começar a ser colocadas em prática, como a preparação do dia Internacional da Mulher (8 de março) e o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, e a conjuntura política frente aos desafios da classe trabalhadora.

 

Todas essas atividades servirão para fazer denúncias contra o governo de Bolsonaro, defender o emprego e as liberdades democráticas.

 

Fonte: CSP Conlutas