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Sindifisco, 04/02/2020

Todo apoio à greve dos petroleiros em defesa dos empregos e por estatalidade

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Petroleiros iniciaram mobilização com greve no último sábado (1) em defesa da Petrobras, contra as demissões e o Pacote de Maldades de Bolsonaro e de Castello Branco!

 

Nesta segunda (1), já foram realizados importantes atos políticos, cortes de rendição e paralisação. Até o início da tarde de hoje, tivemos paralisações em 11 estados e 20 bases operacionais, com destaque para cidades em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Nesse último, ocorreu manifestação em frente ao prédio da sede da Petrobras.

 

Eduardo Henrique, da Federação Nacional dos Petroleiros e da CSP-Conlutas-RJ, ressalta que esta “não é uma luta somente dos trabalhadores, mas é de toda população brasileira”.

 

Em ato realizado no Edise (Edifício Sede da Petrobras), nesta segunda-feira (3), ele pediu apoio à população à greve dos petroleiros. “Apoiar a luta pela Petrobras como um vetor do desenvolvimento nacional, como geradora de empregos, lutar contra os desmonte da Petrobras, significa estar ao lado dos que hoje foram demitidos, como os trabalhadores e familiares da Fafen [Fafen-PR], que sentem esse ataque na pele, diretamente, e que para nós já é a perspectiva, pois se não lutarmos sofreremos com mais demissões em todo o país, com o fechamento de regiões e unidades inteiras, o que também significa um ataque à economia nacional”.

 

Para o dirigente, ainda é urgente que a mobilização ganhe corpo solidário classista na base de outros setores. “É preciso unificar com outras categorias, como os funcionários do Dataprev, em luta contra demissões e privatização, e expandir as lutas para fortalecer a greve nacional dos petroleiros”.

 

Ampliar a mobilização – Além das ameaças à Petrobras, mas também em função do descumprimento do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), tendo como principais exemplos o anúncio de fechamento da Fafen-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná), com a ameaça de mais de mil demissões de petroleiros diretos e terceirizados da unidade e a tentativa de alteração unilateral das atuais tabelas de turno, a greve não tem data para acabar e novas adesões devem ocorrer ao longo do dia, uma vez que alguns petroleiros que não trabalham aos finais de semana deve discutir participação ao longo da semana em assembleias da categoria.

Sindicatos da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) unificaram e fortaleceram a greve nacional da categoria. Além das pautas em comum com a mobilização geral, como protesto às demissões da Fafen-PR, a federação luta também contra a implementação do banco de horas antes do negociado, alteração de padrões para retirada de direitos, precarização da AMS(Assistência Médica Supletiva), imposição e suspensão das negociações sobre tabelas de turno, redução de efetivo nos terminais, demissão por “baixo desempenho”, precarização das condições de trabalho, calote das dívidas com a Petros, calote na PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) e o imoral PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário). As mobilizações pelo país –  No estado do Amazonas, na Reman (Refinaria de Manaus )não houve rendição no turno desde 23h30 de sexta-feira (31/1), no Ceará, na TermoCeará (Usina Temelétrica), em Caucaia, não houve rendição no turno desde 15h de domingo (02), no mesmo estado, na Lubnor (Fábrica de Lubrificantes do Nordeste) não houve rendição no turno desde às 23h de sexta (31/01).

 

Em cinco plataformas marítimas, somente serviços necessários para a segurança e habitabilidade foram mantidos. Isso ocorreu na Bahia, na Rlam (Refinaria Landulpho Alves), onde não houve rendição no turno desde às 23h de sexta-feira (31/01), no Terminal Madre de Deus, sem rendição no turno desde 7h de domingo (01), e, nos campos de produção terrestre, estão sendo realizados piquetes permanentes, com adesão dos trabalhadores próprios e terceirizados.

 

Em Minas Gerais, na UTE-Ibirité (Termoelétrica de Ibirité), o sábado (1) começou sem rendição no turno desde a zero hora. Na Regap (Refinaria Gabriel Passos) não houve rendição no turno desde às 23h30 de sexta-feira (31/01).

 

No Rio de Janeiro, na Reduc (Refinaria Duque de Caxias), sem rendição no turno desde a zero hora de sábado (01). O mesmo ocorreu no Tecam (Terminal de Campos Elíseos), na UTE-GLB (Usina Termoelétrica Governador Leonel Brizola). O Sindipetro-RJ realizou mobilização no Edise, na manhã desta segunda-feira (3), e organiza assembleia para hoje, às 17h30, no Sindicato. No RJ, assembleias também estão sendo realizadas em áreas operacionais como terminais, Comperj e plataformas.

 

No Norte Fluminense(RJ),  17 plataformas seguiram a orientação do Sindicato de realizar levantamento de pendências de segurança, efetivo e se haveria embarque de equipes de contingência a bordo.

 

No Paraná, na Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), não houve rendição no turno desde a zero hora de sábado (01). Na SIX (Fábrica de Xisto), sem rendição também no turno desde a zero hora de sexta (01).

 

No estado do Paraná, na Fafen-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados/Ansa), os trabalhadores da operação e da manutenção no interior da unidade fizeram greve e foi armado um acampamento na porta da fábrica que permanece no local desde o dia 21/01. No Tepar (Terminal de Paranaguá), sem rendição de trabalhadores no turno desde a zero hora sábado (01).

 

Em Pernambuco, na Rnest (Refinaria Abreu e Lima) e no Terminal Aquaviário de Suape, sem rendição no turno desde a zero hora de sábado (1).

 

No Rio Grande do Sul, na Refap (Refinaria Alberto Pasqualini), sem rendição no turno desde 7h de sábado (01).

Em São Paulo, na Replan (Refinaria de Paulínia), não houve rendição no turno desde às 23h30 de 31/01. Na Recap (Refinaria de Capuava), em Mauá, sem rendição no turno desde a zero hora de sábado (01). No Litoral Paulista, foi realizada assembleia nesta segunda-feira (3). Houve cortes de rendição no domingo em RPBC, UTE e Alemoa. Neste locais, cortes alternados seguem sendo realizado até adesão total. Nas plataformas a categoria também segue fazendo assembleias.

 

Em São José dos Campos, na Revap, houve cortes de rendição no domingo (2) e na segunda (3) de manhã. Assembleias estão sendo realizadas no grupos.

 

A CSP-Conlutas expressa total apoio à Greve dos Petroleiros!

 

Vamos fortalecer a luta rumo ao controle de produção e à Greve Geral.

 

Por uma Petrobras 100% estatal, em defesa do emprego, dos direitos e pela redução dos preços dos combustíveis e gás de cozinha!

 

Fonte: CSP CONLUTAS