Na linha de frente do socorro econômico em meio à pandemia do coronavírus, os bancos públicos irão disponibilizar R$ 40 bilhões para socorrer empresas. A linha de crédito anunciada no último dia 27 terá como objetivo financiar o pagamento de salários dos empregados por dois meses.

A maior parte do dinheiro, cera de 85%, virá do Banco do Brasil, Caixa e BNDES, além do Tesouro Nacional. O restante será repartido entre os bancos privados. A distribuição do socorro financeiro será de R$ 20 bilhões em cada mês que a medida é válida.

O valor será pago diretamente ao trabalhador, e tem o limite de até dois salários mínimos. Acima desta quantia, o benefício é reduzido para que se encaixe na regra. As empresas que aderirem à linha de crédito serão proibidas de demitir os funcionários e ainda terão uma taxa reduzida de juros (3,75% ao ano), além da vantagem da isenção do spread bancário, diferença entre o custo de captação do recurso e a taxa final do empréstimo.

O socorro financeiro vindo dos bancos públicos acontece em tempos em que as instituições vinham sendo sucateadas, com o objetivo de privatização. Neste momento de crise, o papel social dos bancos administrados pelo Estado ganha destaque.