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Sindifisco, 08/05/2020

Taxar as grandes fortunas aliviaria a vida do brasileiro

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A pandemia causada pelo coronavírus resgatou um antigo debate no Brasil, defendido pelos movimentos sindicais. A tributação das grandes fortunas. Se o governo federal cobrasse impostos dos milionários e bilionários brasileiros, ao invés de cortar os salários ou suspender os contratos dos trabalhadores que já ganham uma miséria, os serviços públicos seriam melhorados e as contas públicas equilibradas.

 

É difícil de acreditar, mas banqueiros, especuladores e os empresários bilionários são os que menos pagam impostos no Brasil. Para se ter ideia, se apenas 10% do lucro dos quatro maiores bancos do país fossem taxados, os cofres públicos receberiam mais de R$ 6 bilhões. Um dinheiro essencial para salvar a vida de milhares de brasileiros que precisam do suporte da saúde durante a pandemia.

 

Segundo pesquisa divulgada pela revista Forbes, a soma das 10 maiores fortunas do Brasil saiu de R$ 400,08 bilhões, em 2018, para R$ 408,72 bilhões no ano passado. Se analisar a riqueza de 58 bilionários brasileiros, o valor dispara para R$ 680 bilhões.

 

No entanto, muito mais poderia ser arrecadado para ajudar o país a atravessar a crise sem penalizar a população mais vulnerável. De acordo com os dados, o país tinha, no ano passado, 206 bilionários que, juntos receberam como RENDA R$ 1,205 trilhão , o equivalente a 16,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

 

 

Os números não deixam dúvidas. A desigualdade social pode ser enfrentada agora, ajudando o povo a superar com o mínimo de dignidade os efeitos da pandemia. Basta boa vontade.  determinação política. Coisa que o governo Bolsonaro não tem.