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Sindifisco, 11/02/2021

FAMÍLIAS SEM TETO DE ARACAJU PEDE SOLIDARIEDADE E DOAÇÃO DE TERRRENO

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As famílias de sem teto da Ocupação Centro Administrativo João Mulungu’ estão desesperadas. Desde o dia 27 de novembro, os sem teto ocupam um prédio da Avenida Ivo do Prado, em Aracaju, na capital sergipana. No último dia 10, eles receberam ordem de despejo com o anúncio de reintegração de posse. De acordo com as lideranças do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), a ocupação é formada por famílias sem teto que estavam em situação de rua, morando de favor na casa de parentes, e que lutam por uma moradia digna.

 

Diante de desinformações sobre autoria da ordem de despejo e pressão, as famílias estão pedindo ao governador Belivaldo Chagas que abra o diálogo e “que cumpra a palavra de doação de terreno” para o grupo.  

 

Em nota pública, as famílias afirmam que “(10.02.2021), recebemos uma reintegração de posse e a Seplag está afirmando que foi engano. Queremos a verdade! Vai ter diálogo ou despejo? Cumpra sua palavra de governador na negociação e doe o terreno para as famílias que moram aqui há mais de 20 anos. Nesse momento de pandemia e grande desemprego queremos o nosso direito de ter um teto pra viver com dignidade”. Moradia é um Direito Humano que deve ser promovido pelo representante do povo e pelos poderes constituídos. O direito à moradia está garantido na CF/88 como direito fundamental à dignidade humana. Assim, o Estado deve promovê-lo”, destaca outro trecho da Nota assinada pelo Ocupação Centro Administrativo.  

 

De acordo com matéria do Portal da Infonet, “há 40 dias ocupando um prédio na região central de Aracaju, as 200 famílias da ocupação João Mulungu estão apreensivas com a ordem de reintegração de posse do prédio, que pertence a uma empresa privada. De acordo com a organização do movimento, caso ocorra a desocupação, as famílias ficarão na rua por não terem para onde ir.

“Crianças, idosos e mulheres grávidas estão ameaçadas de voltarem para as ruas, mas o movimento vai resistir, não vamos recuar. Estamos acionando a justiça em nossa defesa e estamos articulando com a sociedade civil, sindicatos e movimentos para resistir a invasão policial”, explica Alana Nascimento, coordenadora nacional do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).

A coordenadora conta ainda que nesses mais de 40 dias de ocupação, o poder público não esteve no local, não estabeleceu nenhum tipo de diálogo com os ocupantes e não direcionou nenhum tipo de ajuda.

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria de Assistência Social, já havia informado que o prédio ocupado é de responsabilidade Estado e que o município não possui gerência administrativa no local. Por sua vez, o Governo de Sergipe, informou que o prédio não pertence ao Estado.

 

ASCOM SINDIFISCO. FONTE: Portal da Infonet