A Diretoria do Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO/SE) saúda a todos os auditores, auditoras e a população sergipana pelo Dia da Sergipanidade, 24 de outubro. Data que resguarda o orgulho de um povo pela sua terra, por seus valores, por seus costumes e por sua cultura.
O sentimento da sergipanidade pode ser encontrada na luta secular entre os Lambe-sujos e Caboclinhos no município de Laranjeiras; no mela-mela do Carnaval em Neópolis; nos versos dos cordéis vendidos no Mercado da capital; na Feira da Coruja em Tobias Barreto; na travessia de Tototó de Aracaju para a Barra dos Coqueiros; nos monumentos históricos como Praça São Francisco (Patrimônio Cultural da Humanidade); Palácio-Museu Olímpio Campos; Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse); Museu da Gente Sergipana (antigo Atheneuzinho).
Além dessas importantes manifestações e monumentos, a sergipanidade se encontra no jeito "sergipanês" de falar, e nos tantos outros milhares de detalhes do cotidiano de cada um.
Por todo o século XX, a Independência de Sergipe era comemorada em duas datas, no dia 8 de julho e no dia 24 de outubro. O feriado da emancipação foi instituído no 8 de julho, e o dia 24 de outubro ficou definido como o Dia de Sergipe ou Dia da Sergipanidade, dia para comemorar ‘o jeito de ser sergipano’, os valores da grandeza das manifestações culturais e patrimonial.
Apesar de historicamente a data se confundir com o 8 de julho de 1820 (data da Carta Régia que desanexou o território sergipano da Bahia), foi no dia 24 de outubro de 1824 que o documento chegou a Sergipe e só assim a sociedade sergipana pôde comemorar, de fato, a independência de sua província.
Emenda Constitucional
No ano 2000, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (AL) alterou o artigo 47 da Constituição Estadual em que era estabelecido que a Emancipação Política do Estado fosse comemorada duas vezes ao ano: 8 de julho e 24 de outubro. Através da Emenda Constitucional, apenas o 8 de julho ficou como data oficial de celebração. A decisão vigorou, pois a AL concluiu que a data que deveria permanecer seria o dia em que D. João VI assinou o decreto de emancipação.
De acordo com historiadores, foi no governo do brigadeiro Manoel Fernandes da Silveira que Sergipe se emancipou. Desde a data de promulgação do decreto de emancipação, até efetivamente Sergipe chegar até sua independência, foram quatro anos de enfrentamento entre os partidários.
O jornalista e historiador Luis Antônio Barreto contava que o progresso chega a Sergipe logo após sua emancipação. Com a emancipação, as vilas cresceram, surgiram as cidades e rapidamente o progresso deu a Sergipe uma nova condição. O dia 24 de outubro passava, por volta de 1836, a ser a data maior da afirmação da liberdade dos sergipanos. Durante o Império, o 24 de outubro passou a ser, também, celebrado pelo povo com seus grupos folclóricos, como atestam os registros dos jornais”, explanava Luis Antônio Barreto, em um de seus artigos publicados no Portal Infonet.