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Sindifisco, 15/03/2022

Cesta básica fiou mais cara em todas capitais. Aracaju teve o valor mais barato

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Aracaju teve a cesta mais barata entre as 17 capitais pesquisadas

 

Em fevereiro, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (3,40%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%).

 

Mesmo com esse aumento, a capital sergipana teve a cesta mais barata entre as 17 capitais pesquisadas. No segundo mês de 2022, o trabalhador aracajuano teve que desembolsar R$ 516,82 para levar os produtos para casa. Em janeiro custava R$ 507,82.

 

Conforme o Dieese, as altas mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (3,40%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 516,82), Recife (R$ 549,20) e João Pessoa (R$ 549,33).

 

A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preços, com variações que oscilaram entre 10,00%, em Porto Alegre, e 23,00%, em Campo Grande.

 

Cesta x salário mínimo

 

Com base na cesta mais cara, que, em fevereiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em fevereiro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.012,18, ou 4,96 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em janeiro, o valor necessário era de R$ 5.997,14, ou 4,95 vezes o piso mínimo. Em fevereiro de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.375,05, ou 4,89 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100,00.

 

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em fevereiro de 2022, 56,11% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, mais do que em janeiro, quando o percentual foi de 55,20%. Em fevereiro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,23%.

 

Produtos

 

O preço do feijão aumentou em todas as capitais. Para o tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, as altas oscilaram entre 1,81%, em Natal, a 10,14%, em Belo Horizonte. Já o preço do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, apresentou taxas entre 1,20%, em Vitória, e 7,25%, no Rio de Janeiro.

 

O valor do café em pó subiu em 16 capitais, exceto em São Paulo, onde houve redução foi e 3,86%. As altas mais importantes aconteceram em Goiânia (7,77%), Vitória (5,38%), Aracaju (5,02%) e Brasília (4,99%).

 

O óleo de soja registrou aumento em 15 capitais, entre janeiro e fevereiro. As variações positivas oscilaram entre 0,11%, em Brasília, e 2,98%, em Curitiba. As taxas negativas ocorreram em Fortaleza (0,86%) e João Pessoa (0,42%).

 

A carne bovina de primeira teve o preço elevado em 14 capitais. Os principais aumentos ocorreram em Aracaju (4,75%), Brasília (3,69%), Salvador (3,37%) e Belém (3,20%). As reduções foram observadas em Recife (3,84%), Vitória (1,43%) e São Paulo (0,58%).

 

 

 

Veja AQUI na íntegra a Nota Técnica do DIEESE