“A Terra é o meu quilombo. Meu espaço é meu quilombo. Onde eu estou, eu estou. Quando eu estou, eu sou.”*, Beatriz Nascimento*
Em nome das auditoras fiscais e pensionistas, o Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO/SE) saúda o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, uma data que reverencia a força e as contribuições das mulheres negras na luta contra o racismo e o machismo e em defesa da igualdade e a justiça para todas.
Em várias capitais do país estão acontecendo atividades do ‘Julho das Pretas’, com o mote 'Mulheres negras em marcha por reparação e bem viver'.
Os protestos e atividades mobilizam, segundo as organizadoras nacionais, a articulação de um projeto de reparação histórica pelos danos causados pelo colonialismo e escravização do povo preto - que perdurou por quase 400 anos e que ainda orientam o pensamento e o modus operandi racista e patriarcal da elite branca que governa este país.
Marcha em Brasília em 2025
Os coletivos que compõem a Marcha das Mulheres Negras também se preparam para fazer, em julho de 2025, a segunda caminhada nacional até Brasília. A expectativa é que a marcha, que acontecerá uma década depois da primeira edição, reúna um milhão de mulheres negras.
Saiba Mais
Desde 2015, o 25 de julho no Brasil é também considerado o Dia Nacional Tereza de Benguela. A quilombola viveu durante o século 18 e liderou o Quilombo do Quariterê (ou Quilombo do Piolho), localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, no atual estado de Mato Grosso.
Sob o comando de Tereza, a comunidade negra e indígena resistiu por duas décadas. Foi destruída em 1770 pelas forças do português Luís Pinto de Sousa Coutinho.
A negra sergipana Beatriz Nascimento
Maria Beatriz Nascimento nasceu em Aracaju, no dia 12 de julho de 1942. Ela historiadora, professora, roteirista, poeta e ativista pelos direitos humanos de negros e mulheres.
Nascida em Sergipe, migrou com a família para a cidade do Rio de Janeiro, onde formou-se em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, (UFRJ) especializou-se na Universidade Federal Fluminense (UFF) e fez parte do corpo discente do curso de mestrado em Comunicação Social da UFRJ.
Tornou-se influente nos estudos das relações raciais no Brasil após sua notoriedade em organizações acadêmicas do movimento negro. Suas obras mais notórias são o documentário Ori (1989) e artigos sobre o conceito de quilombo na História, raça, racismo e sexismo.
Ativista negra Lélia Gonzalez
Lélia Gonzalez nascida em Minas Gerais, em 1935, foi uma intelectual, autora, ativista, professora, filósofa e antropóloga brasileira. É uma referência nos estudos e debates de gênero, raça e classe no Brasil, América Latina e pelo mundo, sendo considerada uma das principais autoras do feminismo negro no país.
Ascom do SEEB/SE. Com fontes dos portais Brasil de fato e Wikipédia