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Sindifisco, 09/04/2025

Dieese reúne 50 sindicalistas em Aracaju para debater Trabalho e Meio Ambiente

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Na sede do SINDIFISCO/SE, centrais sindicais definem ações para a construção local do 1º de Maio e a participação de Sergipe na "Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília 

 

Representantes de diversas centrais sindicais (CTB, CUT, CSP Conlutas e UGT) e sindicatos de Sergipe participaram ativamente da Jornada Nacional do Dieese sobre "Trabalho, Meio Ambiente e Transição Justa - Rumo à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30)".

 

O evento, realizado nesta quarta-feira, 9 de abril, na sede do Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO/SE), reuniu cerca de 50 lideranças para discutir temas cruciais no contexto da COP 30, que será sediada no Pará em novembro de 2025 e deve atrair mais de 40 mil participantes.

 

A mesa de abertura contou com a coordenação de Adilson Azevedo (coordenador-geral da DSR do Dieese/SE e SEEB/SE), ao lado dos economistas Flávia Rodrigues (Dieese/SE) e Paulo de Tarso (Direção Executiva do Dieese), além de representantes das centrais sindicais: Ronaldo Lima (SINDIFISCO/SE), José Aparecido Santos (CTB), Djenal Prado (CSP Conlutas), Carol Rejane Souza (CUT) e José Fernandes (UGT). O superintendente do Ministério Regional do Trabalho (MTE/SE), Cláudio Caducha, e os presidentes da CTB e CUT em Sergipe, Adêniton Santana e Roberto Silva, também prestigiaram o encontro.

 

Da Comitiva do SINDIFISCO/SE, além do secretário-geral, Ronaldo Lima, estavam as diretoras de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça e do Jurídico respectivamente, Solange Silva e Bruna Vieira.

 

Redução da Jornada

Adilson Azevedo abriu o debate destacando a centralidade da Amazônia na COP 30 e a oportunidade do Brasil em protagonizar a luta contra a crise climática através de políticas que conciliem sustentabilidade, trabalho decente e justiça social. "Essa Conferência será a nossa chance de mostrar que outro modelo é possível: uma transição ecológica justa é aquela que protege o meio ambiente e garante empregos, inclusão e dignidade para todos", afirmou, parabenizando o Dieese pela iniciativa.

 

Após as saudações das lideranças, a economista Flávia Rodrigues apresentou dados sobre a realidade do trabalho e meio ambiente no Brasil e no mundo. Em sua exposição, Flávia defendeu enfaticamente a redução da jornada de trabalho como um mecanismo fundamental para a melhoria das condições de vida e trabalho da classe trabalhadora brasileira. Ela argumentou que, no contexto atual, um projeto nacional de desenvolvimento deve apontar para modelos de trabalho mais flexíveis, alinhados com as tendências mundiais, e para a adaptação às novas dinâmicas do mercado, que envolvem a requalificação dos trabalhadores diante do avanço tecnológico.

 

"Cabe aos sindicatos protagonizarem a inclusão do debate do trabalho na agenda ambiental, articulando ações e estratégias em conjunto com diferentes categorias e movimentos sociais", ressaltou a economista. Ela explicou que a redução da jornada de trabalho da escala 6x1 pode unir a defesa de um trabalho mais digno e a melhoria das condições laborais com a promoção de um menor impacto ambiental. Ao ter mais tempo livre, o trabalhador tende a consumir menos energia, água, utilizar menos transporte e adotar hábitos alimentares mais saudáveis, com menor consumo de alimentos processados”, afirmou Flávia Rodrigues.

 

Rumo ao 1º de Maio e Marcha a Brasília

Ao final do debate, os sindicalistas e líderes sociais presentes definiram encaminhamentos para a construção do ato do 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, em Aracaju, e para a participação de Sergipe na "Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília", agendada para o dia 29 de abril. Uma nova reunião das centrais sindicais para organizar essas ações está marcada para o dia 22 de abril, na sede da CUT.

 

Por Déa Jacobina ASCOM do SINDIFISCO/SE