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"A terra está falando, ela nos diz não temos mais tempo”, alerta da ativista indígena de Rondônia, Txai Suruí, do povo Paiter Suruí, durante a COP26 da ONU
Neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, o Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO/SE) presta uma homenagem especial às comunidades indígenas brasileiras, com um reconhecimento particular à rica história e resistência dos Xokó, tradicionalmente presentes na Ilha de São Pedro (Porto da Folha), e aos Fulkaxó, agora com seu território demarcado na antiga fazenda Soloncy Moura (Pacatuba).
Os povos originários do Brasil enfrentam há séculos a dura realidade da invasão de suas terras, da exploração predatória de seus recursos naturais e da persistente discriminação. Diante desse cenário desafiador, a recente autorização para que a Funai intensifique a proteção das terras indígenas acende uma importante chama de esperança. O SINDIFISCO/SE reitera a urgência de que o Estado assegure os recursos indispensáveis para que a Funai possa cumprir integralmente sua missão de salvaguardar os direitos desses povos.
A celebração do Dia dos Povos Indígenas, instituído no Brasil em 1943 e renomeado em 2022 como um reconhecimento de sua pluralidade, é fundamental para visibilizar a contínua luta por seus direitos. Essa data, que teve sua origem em uma deliberação do Congresso Indigenista Interamericano de 1940.
Os dados do Censo 2022 do IBGE revelam a significativa presença de 1,7 milhão de indígenas no Brasil, com a maioria concentrada na Amazônia Legal. Em Sergipe, apesar de possuir a menor população indígena do país, com 4.708 pessoas, a urgência pela demarcação e proteção de terras tradicionais é evidente, visto que apenas uma pequena parcela (7%) vive em seus territórios.
É importante lembrar que o próprio nome de Sergipe ecoa a herança ancestral dos povos originários, derivado do tupi si'ri ü pe, que significa "no rio dos siris". Essa conexão etimológica nos liga diretamente à história e à cultura indígena que moldaram nosso território.
Atualmente, Sergipe se orgulha de reconhecer oficialmente as comunidades Xokó e Fulkaxó como detentoras de territórios indígenas. A Ilha de São Pedro sempre foi o lar da aguerrida nação Xokó, e a recente demarcação da antiga fazenda Soloncy Moura representa um marco histórico para o povo Fulkaxó, sendo a primeira reserva indígena adquirida pela Funai em Sergipe para abrigar cerca de 90 famílias.
Neste Dia dos Povos Indígenas, o SINDIFISCO/SE saúda em especial à resiliência e à cultura das comunidades Xokó e Fulkaxó, que enriquecem a diversidade do nosso estado.
Viva os Povos Indígenas de Sergipe e do Brasil, guardiões ancestrais de nossa terra e de nossa história!
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