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Sindifisco, 04/08/2025

SINDIFISCO/SE retoma greve de dois dias e faz ato na Alese

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Auditoras e auditores fiscais tributários cruzam os braços nesta terça e quarta-feira, dias 5 e 6 de agosto*

 

Com um ato em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta terça-feira, dia 5 de agosto, auditoras e auditores fiscais tributários de Sergipe cruzam os braços nesta terça e quarta-feira para pressionar o governo a negociar uma proposta justa para toda a categoria.

A insatisfação se intensificou após a secretária Estadual da Fazenda, Sarah Andreozzi, propor a revogação do Bônus de Aumento da Produtividade (BAP) para substituí-lo por uma nova gratificação, chamada de Incentivo à Modernização da Relação Fisco-Contribuinte (IMFC). O sindicato e a categoria rechaçaram o IMFC, afirmando que a medida suprime a parte da gratificação assegurada a aposentados e pensionistas, além de ser considerada insuficiente, excludente, e fomentar a divisão entre os servidores. A categoria também reivindica a pauta de 2024, que inclui a revisão salarial anual, aumento do último nível da tabela salarial e auxílio-saúde.

 

A paralisação, aprovada por unanimidade, inclui paralisações semanais de dois dias e atos. Uma nova assembleia geral será realizada na quinta-feira, 7 de agosto, para definir os próximos passos do movimento.

 

As denúncias do presidente do SINDIFISCO/SE

 

O presidente do SINDIFISCO/SE, José Antônio, fez duras críticas ao governo estadual, denunciando a "falta de bom senso, razoabilidade, sensatez" no projeto do IMFC.

Ele questiona a lógica de uma lei que, ao mesmo tempo, revoga direitos de aposentados e pensionistas e cria um benefício para a alta cúpula da Sefaz que supera em seis vezes o valor devido aos inativos. O presidente também aponta a incoerência de revogar o direito de percepção de valores durante a licença-maternidade, enquanto, na mesma medida, aumenta em até 42,5% os salários de cargos de confiança. Além disso, critica a retirada de direitos de servidores em licença-prêmio, licença médica ou que sofreram acidentes, enquanto novos cargos de confiança são criados na estrutura da Secretaria da Fazenda.

 

Diante do que considera um absurdo, os dirigentes sindicais acreditam que o governador Fábio Mitidieri não tem conhecimento desses detalhes. “Por isso, estamos buscando uma audiência para alertá-lo sobre as incoerências e, com o ato na Alese, tentar abrir um canal de negociação com o apoio dos deputados estaduais para corrigir essas distorções”.

 

Por Déa Jacobina - Ascom do SINDIFISCO/SE