Comunicação-Notícias

Sindifisco, 20/03/2012

O FUNDO DE PREVIDÊNCIA E O EXEMPLO NEGATIVO

20170731184554_597f7ae27adc8.jpg

Flores (à esq.) diz que tomou R$ 190 mil emprestados

O Projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar está sendo analisado para ser votado no Senado Federal e já tem mais um exemplo negativo do que será este fundo para o Serviço Público.

Confira a matéria do jornal Folha de São Paulo, da última quinta-feira (15/03).

 

PRESIDENTE DA PREVI PAGOU CASA COM DINHEIRO VIVO

ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA


O presidente da Previ, Ricardo Flores, usou R$ 190 mil em dinheiro vivo para comprar uma casa em Brasília em 2010. Flores afirma que tomou o dinheiro emprestado de um empresário conhecido, que negou a informação. Ele afirma ainda que a origem do dinheiro é legal e que consta de sua declaração de Imposto de Renda.


Funcionário de carreira que chegou à vice-presidência do Banco do Brasil, Flores assumiu em junho de 2010 a Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco, que tem ativos de R$ 150 bilhões.


Logo depois, comprou a casa de uma dentista por R$ 1,65 milhão. Na semana passada, Flores disse à Folha que pagou R$ 900 mil com um empréstimo da Previ e R$ 750 mil com recursos "disponíveis". Flores ganha R$ 50 mil bruto por mês.


A dentista Angela Françolin disse que parte do pagamento foi feito em espécie. "Fui um dia, à tarde, buscar na imobiliária. O dinheiro estava num envelope pardo."


Questionado sobre isso, o presidente da Previ disse que, para completar sua parte, tomou R$ 190 mil emprestados de um empresário e repassou os recursos em espécie a pedido da dona da imobiliária que intermediou a transação.


Segundo documentos que Flores exibiu à Folha, o empresário é Jorge Ferreira, dono de restaurantes em Brasília e amigo de políticos do PT.


Ferreira disse conhecer Flores, mas afirmou que nunca emprestou dinheiro a ele. "Nunca. Para o presidente da Previ? Me tira disso." Procurado novamente ontem, Ferreira não quis dar entrevista.
O presidente do BB, Aldemir Bendine, também usou dinheiro vivo num negócio em 2010, quando pagou R$ 150 mil em espécie por um apartamento em São Paulo.


Flores e Bendine são protagonistas de uma disputa política que tem alimentado trocas de acusações.

 

Fonte: folha.com.br