Nós, Auditores Técnicos de Tributos, reunidos no I Simpósio sobre “Postos Fiscais na era da Nota Fiscal Eletrônica”, realizado pelo SINDIFISCO/SE, em 08/05/2013, decidimos tornar público nosso mais veemente repúdio ao rumo que está tomando a fiscalização no trânsito de mercadorias do estado de Sergipe, deixando a porta escancarada à sonegação, haja vista que:
A nossa realidade é sombria. Nossos administradores encaram o gasto com aparelhamento, modernização e manutenção dos postos e comandos fiscais como despesa e não investimento. Condiciona-se a recuperação dos principais Postos Fiscais do Estado para um momento incerto e inseguro, baseado em um novo traçado da BR-101, apesar da sonegação estar acontecendo agora.
O ICMS está prestes a sofrer algumas modificações, sobretudo alterando-se as alíquotas interestaduais, necessitando que se exerça um maior controle das fronteiras. Alguns Estados, antevendo a necessidade de aumentar a capacidade de fiscalização e controle desse tributo, têm aumentado muito o investimento na fiscalização de trânsito de mercadorias: Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, são alguns dos estados que saem na frente. O Rio de Janeiro que há alguns anos atrás chegou a fechar seus Postos Fiscais, os reabriu. Fez fortes investimentos no setor, sendo que em pouquíssimo tempo todo o gasto foi recuperado com o acréscimo na arrecadação, via combate à sonegação.
Sergipe precisa recuperar o tempo perdido. Tem que restaurar seus Postos Fiscais, aumentando a integração com fiscalização volante. Adquirir novos equipamentos: balanças, scanners, câmaras e outros para aumentar seu poder de fiscalização e controle. Tem que investir mais no elemento humano, valorizando o Auditor, reconhecendo a relevância do seu trabalho.
Tem que ser criada uma nova Administração Tributária. Uma administração ágil, competente, que seja impessoal e tenha a isenção necessária, para tratar todos os contribuintes com a isonomia a que têm direito. Que haja com dureza para combater a sonegação e garantir a concorrência leal. Que seja independente, a fim de acabar com a politicagem e favorecimento pessoal. Uma Administração adequada para garantir a receita necessária para o atendimento da população, sobretudo a mais carente. Isso será conquistado com a aprovação da Lei Orgânica da Administração Tributária – LOAT.