No final da tarde de ontem, dia 30, o secretário da Fazenda, Jeferson Passos recebeu a diretoria do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco). A audiência durou mais de quatro horas.
Os diretores do sindicato consideraram a conversa produtiva quanto à retomada do diálogo sobre necessidade da estruturação do Fisco, para incrementar a arrecadação de impostos. Mas ao mesmo tempo, os sindicalistas interpretaram as falas do secretário como “extremamente preocupantes” quando o assunto era o atendimento das demandas salariais dos servidores públicos.
Demandas reprimidas
O secretário demonstrou interesse em avançar no diálogo para potencializar a missão da Secretaria da Fazenda (Sefaz). Por outro lado, saímos da audiência sem perspectiva de avanços a itens como a reposição das perdas salariais, acumulada em 14% nos últimos dois anos frente à inflação. Também não deu garantias de que deixará de parcelar o pagamento dos salários muito menos deu prazos para a saída do limite prudencial para implementação integral dos Planos de Cargos e Salários e para atender as reivindicações especificas do funcionalismo estadual”, afirma o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza.
Para Paulo Pedroza, o ano de 2015 será um ano de dificuldades para os servidores públicos estaduais. Segundo ele, Jeferson Passos também não sinalizou possibilidades de revisar de pontos dos projetos de leis (PLs) do pacote da Reforma Administrativa que retiraram direitos dos servidores. Os projetos foram aprovados a semana passada, a toque-de-caixa pelos deputados estaduais
. Arrecadação
Durante a audiência Paulo Pedroza voltou a defender uma mudança de rumo da equipe econômica estadual para construir um novo cenário para a arrecadação estadual. “Em 2014, Sergipe abriu mão de aproximadamente R$ 1bilhão com Benefícios Fiscais e Termos de Acordo. A administração estadual precisa estruturar o Fisco para potencializar a arrecadação e impedir a evasão fiscal. O governo não pode pensar em apenas fazer cortes e redução de despesas. O Estado de Sergipe precisa fortalecer a Secretaria da Fazenda (Sefaz), com o objetivo de incrementar a arrecadação”, defendeu o presidente do Sindifisco.
