Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 19, os auditores e auditoras de tributos da Secretaria da Fazenda de Sergipe (Sefaz) aprovaram a participação na ‘paralisação de advertência’ geral dos servidores públicos, marcada para o próximo dia 2. A concentração do protesto será às 08h, em frente ao Palácio de Despacho.
Até a próxima semana, outras 23 categorias estarão realizando assembleias para deliberar sobre a mesma pauta. O indicativo de paralisação, por 24horas, foi aprovado em reunião dos representantes das categorias que compõem do Movimento dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual. O movimento é coordenado pelas centrais sindicais CUT e CTB e a deliberação aconteceu nessa terça-feira, 18.
Os sindicatos pressionam o governo para o atendimento de pauta unificada que abrange cinco itens gerais: cumprimento dos acordos dos Planos de Cargos e Salários (PCCVs) e subsídios; reposição inflacionária, piso dos professores; transparência nas contas públicas e contra o parcelamento dos salários dos servidores.
“Enquanto servidores públicos, estamos decepcionados e inconformados com a postura do governo estadual frente às negociações. Não concordamos com a sistemática adotada pelo governo nas finanças públicas e não podemos nos calar com essa prática neoliberal de colocar o peso da propalada crise nas costas do setor mais fraco (trabalhadores dos serviços públicos estaduais). O governo precisa ser mais competente e encontrar saídas concretas para as demandas apresentadas. E olha que a pauta não tem nada de novo. Estamos cobrando direitos legítimos como a aplicação dos PCCVs, a justa reposição inflacionária e o pagamento de salários em dia”, afirma o presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco).
Grupo de Trabalho
Os sindicatos também cobram do governo estadual respostas às perguntas encaminhadas pelo movimento sobre finanças públicas e o calendário de reuniões do Grupo de Trabalho, formado por sindicalistas e técnicos do governo. Esses temas foram acordados na retomada da mesa de negociações dirigida pelo vice-governador Belivaldo Chagas, no início deste mês, dia 4.
O diretor de Administração do Sindifisco, Abílio Castanheira, afirma que o prazo do governo se expirou no último dia 17. “Até agora, o governo não respondeu os questionamentos dos sindicatos. Não encaminhou os documentos solicitados e nem muito menos convocou a reunião. Os prazos foram estabelecidos pelo vice-governador, com a presença da imprensa”, destaca Castanheira.
Grito dos Excluídos
Na assembleia do Fisco, a diretoria do sindicato informou das duas manifestações de caráter nacional que serão reproduzidas em Aracaju. No dia 20, será o dia de manifestações em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores e contra medidas de ajuste fiscal do governo federal. Em Aracaju, o ato será realizado na Praça General Valadão. E no dia 7 de setembro, os sindicatos sairão às ruas para divulgar a pauta unificada dos servidores estaduais. Os sindicalistas se unirão aos movimentos sociais do Grito dos Excluídos.
Categorias
Movimento dos Trabalhadores do Serviço Público foi ampliado para 24 entidades. Participam do movimento as centrais sindicais CTB e CUT e os sindicatos: Sindifisco, Sintasa, Sindipen, Sindconam, Sinpol, Sintrase, Seese, Sinpsi, Sindimed, Adepol, STERTs, Senge, Sinter/SE, Sindijor, Sindijus, Sintese, Sindetran, Sindasse, Sindisan, Sinditic, Sindinutrise e Sintradispense.
Fonte: Sindifisco