Nesta quarta-feira, 24, as 14 categorias do serviço público da administração do Estado de Sergipe encerraram a greve unificada de 72h. A concentração dos protestos aconteceu às 14h, no Parque da Sementeira. No final da tarde, em grande caminhada, os grevistas anunciaram o término da greve na porta do Palácio de Despachos.
Deixaram um recado para o governo estadual. “Continuamos mobilizados e unidos. Não descartarmos uma nova greve e por tempo indeterminado, caso o governo não atenda a pauta mínima reivindicada pelo Movimento Unificado dos Funcionários Públicos de Sergipe”, afirmou Paulo Pedroza, umas das lideranças do movimento e presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco).
A mesma determinação e compromisso pela unidade dos servidores foram proferidos por diversas vezes pelas lideranças da CUT, CTB, Sintrasa, Sintese, Sinpol, Adepol, Sintasa, Sindimed, Stase, Sindinutrise, SEESE, Sindasse, Senge, Sinter, SINPSI e Sinditicc.
Multicolorido nas vias públicas
As avenidas, por onde passaram os grevistas, foram realçadas pela diversidade e multicolorido dos estandartes, bandeiras e camisetas. Nessa ‘mistura’, as brancas e as amarelas bandeiras do Fisco ajudaram de forma significativa a protagonizar a coesão entre os servidores. “Mais uma vez a presença do Fisco foi destacada. A nossa categoria se mantém firme, apostando no fortalecimento da unidade dos servidores públicos estaduais”, festeja o diretor Abílio Castanheira.
Até a exaustão!
As semanas que antecederam o movimento paredista e os três dias de greve foram estafados. Muita reunião. Mobilização. Assembleias setoriais. O primeiro dia da greve, dia 22, começou cedo às 7h da manhã, na porta da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Às 9h30, centenas de grevistas saíram em caminhada até o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). No dia seguinte, cada sindicato realizou atividades setoriais. O Sindifisco manteve a categoria reunida na sede do sindicato. Teve café da manhã e debates sobre temas específicos do Fisco.
Resposta ao descaso
“O governo age com descaso. Aposta no cansaço e desmobilização das categorias. Mas não desistiremos. Não aceitaremos pacificamente. Vamos exercer o nosso direito de lutar pelos nossos pleitos. É balela essa tese de crise financeira. Está provado que o governo não economiza. Gasta milhões com apadrinhados nos cargos de comissão. Continua deixando as torneiras abertas para os grandes empresários sonegadores, devedores do ICMS. Agora quer aumentar os impostos para a população e nos impor arrocho salarial. Não aceitaremos pagar esse ônus por falta de competência do governo em gerir as finanças públicas. Os trabalhadores precisam ser valorizados e a população precisa dos serviços públicos de qualidade e eficientes”, afirma Pedroza.
Pauta mínima
Os servidores reivindicam a implementação imediata de todas as leis aprovadas (entre abril e maio de 2014), que trazem benefícios a diversas categorias dos servidores estaduais, mas que estão condicionadas à saída do limite prudencial, a exemplo dos PCCVs. Os sindicatos querem ainda a implementação de subsídios; reposição inflacionária, piso dos professores; transparência nas contas públicas e o pagamento integral dos salários dos servidores.
Por Déa Jacobina, Ascom Sindifisco