O 9º Congresso do Sindifisco promete promover um rico debate sobre a difícil situação política e econômica para a classe trabalhadora e para o futuro do Brasil. O Congresso começa no dia 26 (sexta-feira), às 20h. No dia seguinte, dia 27(sábado), a partir das 8h da manhã, será aberta a grande Plenária de Debate e Votação das Propostas, que obrigatoriamente tenham sido apresentadas no local de trabalho, durante processo debates e eleição de delegados (as).
Nesta edição, a abertura oficial contará com as presenças do pós-doutor em Ciências Política e coordenador do Núcleo da Auditoria Cidadã da Dívida no Estado de Alagoas, professor José Menezes Gomes e do presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Charles Johnson da Silva Alcântara.
José Menezes Gomes vai abordar sobre “A Dívida Pública do Estado Brasileiro” e Charles Johnson da Silva Alcântara falará sobre “Os impactos sociais da terceirização e das reformas trabalhista e previdenciária”. No final desta matéria, veja as biografias de cada um dos palestrantes.
“Estamos vivendo um fenômeno perverso de ataque brutal aos direitos do conjunto da classe trabalhadora. E nesta edição, o Congresso do Sindifisco também será mais uma forma de democratizar o debate sobre as chamadas reformas do Trabalho e da Previdência”, destaca o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza.
Segundo Pedroza, nesse processo de mobilização para o Congresso, a Diretoria do Sindifisco também participa com apresentação de propostas. “Das sugestões, apresentamos alterações estatutárias, necessárias após as conquistadas do Plano de Carreira”, afirma Paulo Pedroza.
Consulta Nacional
Das novidades, a Auditoria Cidadã da Dívida está coordenando uma Consulta Nacional que faz escuta da população a respeito de quatro temas: Reforma da Previdência, Trabalhista, Privatizações e Auditoria da Dívida. “A Consulta é um processo democrático onde todos são chamados a participar e opinar sobre o que pensam dessas alterações que retiraram das mãos do poder público a responsabilidade pela diminuição das desigualdades sociais, econômicas, regionais, priorizando o pagamento de juros e amortizações da dívida pública e privatizando setores essenciais à população. Com isso, o capital financeiro se apropria de áreas onde o Estado ainda atua, como Previdência Social, educação, Saúde, saneamento básico, entre outras”, afirma
Campanha contra a sonegação
Para além da batalha pelo arquivamento das reformas, a Fenafisco relançou recentemente a Campanha da PEC 186, de combate à sonegação fiscal. “Estamos buscando o apoio popular para aprovação no Congresso Nacional da PEC 186, que tem o objetivo de dar mais autonomia aos auditores fiscais, desta forma a categoria poderá atuar de maneira independente, fiscalizando os impostos sonegados. Atualmente são mais de 420 bilhões sonegados. Esse dinheiro poderia ser a solução para a Previdência Social, Saúde e Educação do nosso país”, explica Charles Johnson.
Biografias dos Palestrantes
José Menezes Gomes
Pós-doutor em Ciência Política pela UFPE, José Menezes é graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Mato Grosso (1986), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1991), doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo (2005) Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal de Alagoas. Atua na área de Teoria Econômica com ênfase em Economia Política especialmente nos seguintes temas: crise capitalista, imperialismo, fundos de Pensão, políticas públicas e lutas de Classes. É coordenador do núcleo alagoano pela Auditoria da Dívida e componente do Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da UFAL.
Charles Johnson da Silva Alcântara
Graduado em Administração e Ciências Contábeis, Charles Johnson da Silva Alcântara é o presidente da Fenafisco. Auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará, desde 1993, tendo exercido os cargos de Coordenador de Procedimentos Fiscais e Delegado Regional da Fazenda Estadual. Exerceu o cargo de Diretor Geral da Secretaria de Finanças do Município de Belém, em 2002 e 2003. Foi Secretário-Chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Pará (janeiro de 2007 a abril 2008) e, em 2011, foi reeleito presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará.
Ascom Déa Jacobina Ascom Sindifisco