Milhares de pessoas ocuparam o Largo do Campo Grande, no centro de Salvador nessa terça-feira (13), para a abertura da 13ª edição do Fórum Social Mundial (FSM), evento que acontece na capital baiana até o dia 17, com o objetivo de discutir caminhos para combater os retrocessos promovidos pela ofensiva neoliberal e a sequência de ataques às democracias do Brasil e da América Latina.
Sob o lema “Resistir é criar, resistir é transformar”, o evento conta com vasta programação e pretende reunir mais de 50 mil pessoas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em torno de atividades como intervenções urbanas, oficinas, palestras e debates.
Diante do cenário de crise político-econômica e graves ameaças ao bem-estar social, a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) integrou a grande marcha de abertura do FMS, em protesto contra o aumento da austeridade e suas múltiplas implicações no desenvolvimento das populações mundo a fora.
Dentro da programação oficial do Fórum, a entidade, em parceria com o Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia (Sindsefaz), realiza a segunda edição da Caravana da Transparência, projeto iniciado em Belém-PA, que vai percorrer as cinco regiões do país para ampliar a discussão sobre os prejuízos decorrentes da Dívida Ativa dos estados.
Segundo levantamento feito pela Fenafisco, R$ 770 bilhões é a soma do montante de tributos devidos nos estados, em 2016.
Como tornar o sistema tributário mais progressivo também será objeto de debate nesta edição da Caravana, oportunidade em que a Fenafisco e a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), apresentarão propostas para uma reforma tributária comprometida com a promoção de justiça fiscal.