Com exceção dos magistrados, demais trabalhadores do Judiciário de Sergipe vão acumular perda salarial com reajuste abaixo da inflação
Sem debate com os servidores públicos e sem qualquer negociação com o SINDIJUS (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário), no dia 10 de dezembro, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Sergipe aprovaram um reajuste salarial abaixo da inflação para os servidores públicos do Judiciário, correspondente a 3,5%. A medida coincide perfeitamente com a denúncia feita pelo sindicato que na sexta-feira (7/12) promoveu um protesto com esquete teatral nas ruas do Calçadão de Aracaju com o tema 'Que justiça é esta que só atende os de cima'.
Os mesmos magistrados que concederam 3,5% de reajuste em 2018 para os servidores do Judiciário aprovaram para si próprios um reajuste de 16%, algo que corresponde a quase R$ 5 mil de acréscimo aos salários altíssimos que já recebem.
Num ato de protesto, os servidores ocuparam o auditório do Pleno no TJ durante a votação do reajuste, vestindo camisas com a mensagem "Reduzir desigualdades é fazer justiça". Após a votação, os servidores fizeram uma assembleia na porta do Tribunal de Justiça e decidiram realizar um protesto em frente ao Hotel Delmar, na Orla de Atalaia, onde acontecia o Encontro Anual do Planejamento Estratégico do Tribunal de Justiça de Sergipe.
Diretor do SINDIJUS, Alexandre Rollemberg afirmou que os servidores foram ‘tratorados’ pela presidência do Tribunal de Justiça que não quis negociar com o sindicato. “Cobramos valorização dos servidores que fazem do TJ um dos melhores do País. Cobramos negociação. Os servidores do Judiciário de Sergipe já acumulam 11% de perdas por receber reajuste abaixo da inflação. O reajuste de 3,5% repete por mais um ano essa injustiça. E olhe que Sergipe é o único estado do Brasil a conquistar duas vezes o Selo diamante, entregue pelo Conselho Nacional de Justiça aos tribunais com grande desempenho. Esta excelência no desempenho se deve ao esforço dos trabalhadores, que infelizmente são desvalorizados ano após ano pela presidência do Judiciário de Sergipe”.
Fonte: CUT SERGIPE
