Uma estatal que é a cara do nosso país. Assim a Petrobras construiu sua história e se tornou a maior empresa do Brasil.
Historicamente, a Petrobrás se tornou uma ferramenta de desenvolvimento nacional atuando na indústria de óleo, gás natural e energia. Está presente nos segmentos de exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, energia elétrica, gás-química e biocombustíveis.
De acordo com números divulgados pela própria empresa, no fim de 2018 e início de 2019, a política de investimento no país está na casa de R$ 49,37 bilhões. Sua receita de vendas soma R$ 349,8 bilhões e o lucro líquido foi de R$ 25,8 bilhões.
Sua produção diária é de 2,63 milhões de barris de óleo por dia, com mais 7 mil poços de óleo e gás natural ativos. Nas reservas brasileiras, são produzidos 9,6 bilhões de barris de óleo.
São 113 plataformas e 13 refinarias. Só de derivados se produz 1 milhão 765 mil barris/dia, com uma frota 123 navios (próprios e afretados) e 7.719 km de oleodutos e 9.190 km de gasodutos.
Além disso, há 5 unidades de produção de biocombustíveis, 20 usinas termelétricas operando e 4 usinas de energia eólica; e uma usina de energia solar. São quase 8 mil postos e 3 fábricas de fertilizantes.
Agora, imagine o impacto da redução de toda essa produção? Quem abriria mão de todo esse patrimônio lucrativo?
Lembre-se: mesmo com a quebra do monopólio estatal, que deixou de existir em 1997, quando foi revogada a Lei 2.004/1953, nenhuma grande empresa privada investiu na construção de refinarias, oleodutos e terminais em território nacional.
Hoje, nas reservas do Pré-Sal (uma área gigantesca formada por diversos poços de petróleo abaixo da camada de sal no fundo do Oceano Atlântico) está depositado o futuro da nação. Estima-se que o Brasil poderia retirar mais de US$ 10 trilhões (equivalente a mais de R$ 42 trilhões) de lucro do Pré-sal.
Por isso, é uma questão de soberania proteger a Petrobras. Por tudo que ela representa e principalmente pelos benefícios futuros.
Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), revelam que só em distribuição de royalties e participações especiais de produção, as cifras cresceram de R$ 1,67 bilhão, em 2000, para R$ 50,6 bilhões em 2018!
Se somarmos tributos e royalties, a Petrobras pagou à União, estados e municípios mais de R$ 145 bilhões em 2018. Esses recursos são essenciais para a sobrevivência de inúmeras cidades, além de serem aplicados em políticas públicas voltadas para o benefício de milhões de pessoas.
Sua finalidade estratégica se comprova quando os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação aumentaram de R$ 2 milhões no final de 1998 para R$ 2 bilhões em 2018; entre 1998 e 2018, esse volume total foi de R$ 15,37 bilhões.
A indústria do petróleo e gás no Brasil chegou a responder por 13% do PIB nacional e 50% da oferta interna de energia. E tudo isso porque houve muito trabalho e investimento pesado em pesquisa e desenvolvimento.
A partir de 2016, quando começaram a tentar desmontar o Sistema Petrobras para entregá-la à iniciativa privada, tudo isso começou a ruir.
Mas se a situação continuar assim, quem perde é o Brasil e os brasileiros.