Comunicação-Notícias

Sindifisco, 17/02/2020

Em Sergipe, 14 mil aguardam benefícios do INSS

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MONITORES DOS COMPUTADORES DA AGÊNCIA IVO DO PRADO FORAM LEVADOS; SINDICALISTAS PROTESTAM CONTRA SUCAMENTO DO INSTITUTO, QUE ACUMULA PEDIDOS DE BENEFÍCIOS

 

Manifestação de sindicalistas na frente do INSS: sem pessoal para a concessão de benefícios

 

Impacientes com a falta de estrutura e maior número de profissionais aptos a diminuir as longas filas de espera por procedimentos prestados pelo Governo Federal, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Aracaju, realizaram no início da manhã de ontem mais uma mobilização a fim de chamar a atenção do presidente Jair Messias Bolsonaro. De acordo com a classe trabalhadora, desde o ano passado o agravamento do problema tem gerado atrasos os quais atingem diretamente segurados que precisam receber valores de aposentadorias e de outros benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os manifestantes alegam que a falta de ações emergenciais tem conturbado o relacionamento entre servidores e beneficiados.

Em termos contábeis, justamente em virtude da denunciada ausência de melhores condições de trabalho, mais de 14 mil pedidos de benefícios protocolados na unidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de Sergipe, seguem travados e sem previsão oficial de quando serão repassados aos contribuintes. As normas federais indicam que o prazo máximo estabelecido é de 45 dias após o pedido ter sido protocolado no órgão. Acontece que o próprio Governo Federal reconhece que desde o início do ano passado esses prazos não estão sendo respeitados. Desse total, mais de 5.500 processos são requisições de benefícios a serem repassados para pessoas com algum tipo de necessidade especial.

De acordo com a direção nacional do Instituto, em todo o país, até o mês passado, quase duas milhões de pessoas estavam na espera mesmo após esse prazo. Essa estatística mostra ainda que desse montante, cerca de 500 mil estão à espera de documentos que dependem do segurado, mas quase 1,5 milhão estão parados por falha no sistema. Atualmente, o quadro funcional do instituto conta com 7.820 servidores, os quais fazem a análise de documentos para a concessão de benefícios. Apesar de ter sido denunciado pelos beneficiados, em agosto do ano passado o Ministério Público Federal (MPF) já havia ajuizado uma ação civil pública contra a União e o Instituto.

Na peça jurídica o órgão federal de fiscalização exigia que fossem contratados, em até 45 dias, funcionários em número suficiente para atender às demandas acumuladas há mais de dois meses no órgão de seguridade social. Para dificultar ainda mais a situação em Sergipe, na manhã de ontem quando parte dos funcionários chegou para iniciar o expediente, foi percebido que 12 computadores foram levados e portas foram danificadas na agência central de Aracaju. Durante o ato público foi destacado que ao longo dos últimos anos os seguranças terceirizados foram contratados para trabalhar no local apenas entre 6h e 19h; foi destacado ainda que em todo o prédio não há sistema de monitoramento.

Para Joaquim Antônio Ferreira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado de Sergipe (Sindiprev/SE), o INSS em Sergipe precisa de, ao menos, 800 funcionários para atender a população com qualidade e eficiência. No Brasil esse déficit passa da casa dos 25 mil.

INSS - A direção do instituto em Sergipe reconheceu que o déficit de servidores é um problema vivenciado por todas as agências do INSS no país, e que o Presidente da República já autorizou através de decreto contratar militares reformados para auxiliar nas agências do órgão e minimizar os impactos a sociedade. No que se refere à invasão e ao roubo dos computadores, o órgão alegou que a Polícia Federal já foi acionada para investigar a ocorrência.

Milton Alves Júnior

Impacientes com a falta de  estrutura e maior número  de profissionais aptos a diminuir as longas filas de espera por procedimentos prestados pelo Governo Federal, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Aracaju, realizaram no início da manhã de ontem mais uma mobilização a fim de chamar a atenção do presidente Jair Messias Bolsonaro. De acordo com a classe trabalhadora, desde o ano passado o agravamento do problema tem gerado atrasos os quais atingem diretamente segurados que precisam receber valores de aposentadorias e de outros benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os manifestantes alegam que a falta de ações emergenciais tem conturbado o relacionamento entre servidores e beneficiados.

Em termos contábeis, justamente em virtude da denunciada ausência de melhores condições de trabalho, mais de 14 mil pedidos de benefícios protocolados na unidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de Sergipe, seguem travados e sem previsão oficial de quando serão repassados aos contribuintes. As normas federais indicam que o prazo máximo estabelecido é de 45 dias após o pedido ter sido protocolado no órgão. Acontece que o próprio Governo Federal reconhece que desde o início do ano passado esses prazos não estão sendo respeitados. Desse total, mais de 5.500 processos são requisições de benefícios a serem repassados para pessoas com algum tipo de necessidade especial.

De acordo com a direção nacional do Instituto, em todo o país, até o mês passado, quase duas milhões de pessoas estavam na espera mesmo após esse prazo. Essa estatística mostra ainda que desse montante, cerca de 500 mil estão à espera de documentos que dependem do segurado, mas quase 1,5 milhão estão parados por falha no sistema. Atualmente, o quadro funcional do instituto conta com 7.820 servidores, os quais fazem a análise de documentos para a concessão de benefícios. Apesar de ter sido denunciado pelos beneficiados, em agosto do ano passado o Ministério Público Federal (MPF) já havia ajuizado uma ação civil pública contra a União e o Instituto.

Na peça jurídica o órgão federal de fiscalização exigia que fossem contratados, em até 45 dias, funcionários em número suficiente para atender às demandas acumuladas há mais de dois meses no órgão de seguridade social. Para dificultar ainda mais a situação em Sergipe, na manhã de ontem quando parte dos funcionários chegou para iniciar o expediente, foi percebido que 12 computadores foram levados e portas foram danificadas na agência central de Aracaju. Durante o ato público foi destacado que ao longo dos últimos anos os seguranças terceirizados foram contratados para trabalhar no local apenas entre 6h e 19h; foi destacado ainda que em todo o prédio não há sistema de monitoramento.

Para Joaquim Antônio Ferreira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado de Sergipe (Sindiprev/SE), o INSS em Sergipe precisa de, ao menos, 800 funcionários para atender a população com qualidade e eficiência. No Brasil esse déficit passa da casa dos 25 mil.

 

INSS - A direção do instituto em Sergipe reconheceu que o déficit de servidores é um problema vivenciado por todas as agências do INSS no país, e que o Presidente da República já autorizou através de decreto contratar militares reformados para auxiliar nas agências do órgão e minimizar os impactos a sociedade. No que se refere à invasão e ao roubo dos computadores, o órgão alegou que a Polícia Federal já foi acionada para investigar a ocorrência.

FONTE: Jornal do Dia. Por Milton Alves Júnior