A Reforma Administrativa, apesar do texto da proposta citar que se aplica aos futuros servidores, o que por si exige dos atuais solidariedade de geração, na prática ela tem diversos desdobramentos que atingem de forma indireta os atuais servidores, inclusive os já aposentados, faremos uma série de artigos explicando isso.

Hoje começaremos apontando as consequências para os atuais aposentados e atuais servidores na sua aposentadoria.

Pois bem, a previdência é um regime de solidariedade entre gerações, nesse sentido os ativos de hoje financiam a aposentadoria dos que se aposentaram, e eles, os ativos, por sua vez, quando aposentados serão financiados com a contribuição   dos futuros servidores. 

Se não houver futuros servidores para financiar a aposentadoria dos atuais aposentados e os que estão prestes a se aposentar, como será?                         

Por conta de diversas manobras aplicadas pelos sucessivos governos, o regime próprio de previdência hoje já é deficitário, imagine numa situação onde o Estado pode terceirizar os serviços públicos, delegar a ONGS os serviços e contratar servidores pelo regime celetista, que diga-se de passagem, regime celetista precarizado com a carteira verde amarela, sem os direitos atuais, portanto, onde os quais não contribuirão para o regime próprio e sim para o regime geral  de previdência. Com certeza esse déficit vai aumentar de forma abismal.

Quem cobrirá esse déficit?  Numa ação planejada e concatenada, nada é por acaso, o texto da reforma da previdência responde a essa pergunta, será coberta pelo ente federativo, servidores ativos, aposentados e pensionistas (artigo 149 da Emenda 103/2019, mesmo texto reaplicado nos Estados), devem contribuir para manter o equilíbrio atuarial e financeiro. 

Então se pergunta, com o déficit de hoje já se contribui com alíquota extorsiva e confiscatória de 14% , em alguns Estados e na União com 22%, com o aumento desse déficit quanto poderá chegar essa contribuição? 

Vê-se então, que a Reforma Administrativa tem consequências graves para os atuais servidores, aposentados e pensionistas. 

O que fazer? Ir à luta. Não existe outra fórmula. Por isso a importância do engajamento de toda a categoria nas manifestações de rua, nas greves, nas redes sociais, pressionar de todas as formas os parlamentares para que possamos derrotar essa reforma indecente.

Juntos venceremos! 

A Diretoria do SINDIFISCO/SE