Há vinte anos a Ford anunciava a instalação de mais uma fábrica no Brasil, inicialmente estava prevista a instalação no Estado do Rio Grande do Sul, mas exigia daquele Estado benefícios fiscais e outros itens de infraestrutura, o então governador Olívio Dutra se recusou a conceder tais  exigências,  disse na época, “Essa empresa quer incentivos fiscais que as nossas não têm. O dia que achar que o Brasil não serve mais, vai embora e não dá nem tchau”. 

A Bahia, através de ACM, então político baiano, entrou na disputa e atendeu todos os pedidos da empresa, a força do político permitiu até que a empresa conseguisse benefícios adicionais no âmbito federal.

Não obstante, depois de usufruir de tantos benefícios fiscais, fala-se em 20 bilhões, ontem a empresa anunciou seu fechamento no Brasil, o que deixará um rastro de desemprego e miséria na região em que atua, só desemprego direto fala-se em 5 mil, sem contar toda a cadeia produtiva que será afetada, inclusive empresas de Sergipe que são suas fornecedoras.

Esse é o resultado perverso das renúncias fiscais, um exemplo claro de que a política de renúncia fiscal só beneficia as empresas e empobrece o Estado e sua população.   

A DIRETORIA DO SINDIFISCO/SE