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Sindifisco, 20/09/2021

Após mobilização dos sindicatos, Belivaldo institui Mesa de Negociação

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Atendendo a convocação, auditores e auditoras marcaram presença no Ato Unificado do Fórum dos Servidores e Servidoras   

 

Após as cobranças específicas de sindicatos e a mobilização para o Ato Unificado Por Recomposição Salarial dos Servidores (as) Públicos Estaduais (que aconteceu hoje, 20/09), o governador Belivaldo Chagas (PSD) quebrou o silêncio. Com o decreto nº 40.993 de 16/09/21, Belivaldo anunciou que vai reativar a Mesa de Negociação Permanente (MNP), com a participação de entidades sindicais para “especificamente criar uma estrutura específica para negociação salarial e das condições de trabalho com os servidores públicos estaduais”.

 

Na manhã desta segunda-feira (20), durante o Ato Unificado, organizado pelo Fórum dos Servidores Públicos de Sergipe, o anúncio da Mesa de Negociação foi tema abordado pelas lideranças sindicais e servidores (as) da ativa e aposentados (as). “Apesar de considerarmos a instalação da mesa como um passo importante dado pela administração estadual, as categorias do serviço público estadual deverão manter o estado de alerta e mobilização, afirmou o presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO/SE), Zé Antônio. 

 

Estavam no ato, representação das bases dos sindicatos dos enfermeiros (as), professores (as), policiais civis, assistentes técnicos da Emdagro,  Sintrase, Sintasa e ainda os funcionários e lideranças sindicais do Deso.  O presidente do SINDIFISCO/SE parabenizou as presenças das auditoras e auditores fiscais tributários no ato.

 

Governo Sanguessuga

O protesto teve um mote forte, ’Governo sanguessuga dos servidores’, para caracterizar a política de desvalorização do trabalho, praticada pela administração estadual. “Há mais de oito anos o governo estadual deixou de reajustar ou revisar anualmente os salários, previsto constitucionalmente, e ainda penaliza os aposentados e aposentadas com a redução de 14% dos proventos, a partir da reforma da Previdência estadual. De acordo com os cálculos do Dieese, nos últimos anos, o governo deve 51,88% de reajuste salarial em relação à inflação”, enumerou Zé Antônio.

 

Várias lideranças ressaltaram essa necessidade de revisão salarial. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva afirmou que “ao invés de tributar os grandes, Belivaldo acha mais fácil botar a mão no bolso das idosas aposentadas e tirar todo mês 14% da aposentadoria”,

 

O presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/SE), Adêniton Santana, também destacou que o governador Belivaldo Chagas precisa “reverter a política de arrocho salarial” e conceder a revisão salarial: “sem revisão salarial, a administração estadual permitiu que a inflação corroesse mais da metade da remuneração dos servidores e servidoras estaduais”, afirmou Adêniton Santana.

 

"Mesa de Enrolação"

A instalação da Mesa de Negociação também foi assunto de colunistas políticos. O jornalista e blogueiro Adiberto de Souza, comentou no blog que “Criada pelo saudoso ex-governador Marcelo Déda (PT), em 2007, a Mesa de Enrolação, como passou a ser chamada, se desmoralizou ao longo do tempo, pois os acordos salariais fechados entre as partes não eram honrados pelo Executivo. Ao longo dos anos, ficou demonstrado que este canal de entendimento não passava de um artifício para cozinhar os servidores em banho-maria, desestimulando-os a entrarem em greve, sob o argumento que as conversas poderiam resultar em ganhos financeiros, que quase nunca se concretizaram. Pela falta de disposição do governo Belivaldo Chagas em recompor as perdas salariais sofridas pelos servidores em quase uma década, com a Mesa de Enrolação ou sem ela, os servidores vão continuar, quando muito, a pão e água. Marminino!”

 

Por Ascom do SINDIFISCO/SE