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Sindifisco, 23/05/2024

Auditoras relatam memórias sobre conciliar a maternidade e carreira profissional

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Em clima de muita interação, ‘Samba de Moça Só’ encerra a Roda de Conversa: ‘Ecos das Auditoras"

 

Muita história! Muita emoção! Em um encontro de gerações, servidoras da ativa e aposentadas da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/SE) passaram o final da tarde desta quinta-feira (23/05) rememorando os desafios enfrentados por elas, para dar conta das tarefas da maternidade e conciliá-las com o trabalho na Sefaz.

 

A atividade denominada de Roda de Conversa: ‘Ecos das Auditoras: Encontros e Reflexões’ teve as cadeiras dispostas em formato de semicírculos, o que favoreceu uma maior interação entre as auditoras-convidadas (que relataram suas vivências sobre a maternidade) e o público.

 

Flores e bandeiras de luta

A decoração ajudou a harmonizar e feminilizar o ambiente, com arranjos simples de flores artificiais, penduradas no teto. Também foi priorizada materiais (faixas, estandartes e bandeiras) da atual campanha de recuperação e paridade salarial do Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO/SE). E após esse bate-papo, o Sindicato brindou a categoria com um coquetel e um show da banda sergipana composta de mulheres ‘Samba de Moça Só’.

 

O evento foi organizado pela Diretoria de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do SINDIFISCO/SE e mediado pela diretora da pasta, Solange Silva. Logo na abertura, o presidente da entidade, José Antônio fez uma breve saudação e reforçou a importância da participação das auditoras na atual campanha salarial.

 

Adesão à Roda de Conversa

Na Roda de Conversa, compartilharam suas vivências as auditoras fiscais Amabel Morais, Cleidionice Lima, Elisabete Teles, Elvira Ramos, Erivânia Lúcia Barbosa, Maria Bernardete Feitosa, Maristela Lima de Freitas e Maria Ângela Monteiro Feitosa. *Já a auditora Angélica Lima recitou um poema com reflexões emancipacionistas. 

 

“Marcamos o Mês das Mães com relatos históricos vivenciados por auditoras fiscais, que ousaram a ser as protagonistas desse evento. Convidadas pelo Coletivo de Mulheres do Fisco, essas colegas aceitaram esse desafio de expor suas memórias. Deu muito certo: apostamos em um espaço lúdico, menos convencional, o que favoreceu ao clima de sociabilização entre nós. Estamos felizes com a adesão e com o sucesso da nossa atividade”, festejou Solange Silva.

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Compartilhar experiências duras  

Dos depoimentos, as auditoras fiscais de gerações e locais de trabalho diferentes na Sefaz abordaram principalmente as lembranças delas aos primeiros meses da maternidade e os ajustes nas responsabilidades do trabalho. A maioria considerou que por mais ‘lindo’ que seja, a maternidade tem percalços, em especial para aquelas que não tiveram uma rede apoio (família, parceiro, amigos, creche e ou babá), no cuidado com seus rebentos (as) para desempenhar jornadas domésticas e as funções no trabalho. Outras afirmaram que conseguiram conciliar a maternidade com sucesso, sem obstáculo para a carreira. Algumas delas destacaram a importância do direito à proteção à maternidade garantidos pela Constituição Federal. Também teve auditoras que que fizeram fortes revelações sobres assédios morais e sexuais enfrentados em unidades e postos fiscais.

 

Dados reveladores do machismo e feminicídio

Durante as conversas, em um telão, o Coletivo de Mulheres transmitiu em slides frases e poesias feministas, estatísticas oficiais e de ongs que revelam as dificuldades históricas e atuais vivenciadas pelas mulheres no Brasil, como as violências de gênero e de raça (feminicídio, violência doméstica, violência patrimonial, assédio sexual, violência psicológica. violência obstétrica e desigualdade racial). O material foi coletado pela auditora Giman Ramos.  

 

 

Por Déa Jacobina da ASCOM do SINDIFICO/SE